O senador Eduardo Girão (Novo-CE) se solidarizou com o senador Marcos do Vl (Podemos-ES), que pediu licença do cargo devido a problemas de saúde. Em pronunciamento nesta quarta-feira (21), Girão afirmou que o colega está sendo “vítima do sistema” e sofrendo uma “enorme pressão” após operação de busca e apreensão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Para o parlamentar, a decisão do ministro teve “quatro arbitrariedades”. Entre elas, Girão destacou o fato da busca e apreensão ter ocorrido no gabinete do senador no Congresso Nacional, ambiente que é “protegido pela Constituição como um Poder completamente independente em relação ao STF e ao Poder Executivo”.
— A segunda arbitrariedade foi o bloqueio de todas as suas redes sociais. Ele não pôde nem se justificar perante seus eleitores, que o trouxeram com milhões de votos. Ele não pôde justificar o que aconteceu, censura! E a terceira foi a apreensão pela segunda vez do celular, inclusive funcional, do Senado da República. Ainda tem a quarta arbitrariedade, que é a própria fundamentação central que justificou a decisão do ministro, quando alega estar havendo obstrução das investigações sobre o dia 8 de janeiro e faz a enumeração de quatro possíveis crimes. A gente não pode se calar diante disso: divulgação de informações sigilosas, atentado à soberania, tentativa de deposição de governo e organização criminosa.
Girão disse que a atitude do ministro causa “grande perplexidade”, pois todos os crimes estão relacionados a publicação feita por Marcos do Val de trechos de documentos sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informando sobre a possibilidade de ações violentas com invasão de prédios públicos na Esplanada dos Ministérios.
Fonte: Agência Senado