Diferente do irmão Ciro, senador Cid se encontra com Elmano reafirmando alinhamento

Cid Gomes esteve ao lado do governador Elmano de Freitas e do presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão, na manhã desta segunda-feira, 26. Foto: Reprodução/Instagram

Enquanto o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) demonstra um distanciamento da gestão do governador Elmano de Freitas (PT), apesar de não criticar seu Governo, seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT) demonstra o contrário, se alinhando cada vez mais com o chefe do Executivo Estadual. Na manhã desta segunda-feira, 26, o parlamentar esteve reunido com o petista em uma audiência pública para tratar da importância do uso do chamado hidrogênio verde.

Geralmente, um governador não participa de audiências públicas deste tipo, mas Elmano de Freitas fez questão de comparecer ao evento, proposto pelo Senado Federal e tendo Cid Gomes como o idealizador. Outro que participou do encontro foi o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, o deputado Evandro Leitão (PDT), aliado de Elmano de Freitas.

Essas movimentações evidenciam cada vez mais o distanciamento entre os irmãos Cid e Ciro Gomes e os grupos que eles representam dentro do Partido Democrático Trabalhista. Há, internamente, no PDT duas forças antagônicas, sendo uma defendendo a tese de oposição ao Governo Elmano e outra de aliança com a gestão petista, tendo como justificativa o fato de o petista ter garantido a permanência do projeto político iniciado em 2006, com a eleição de Cid e continuado por Camilo Santana e Izolda Cela.

De um lado estão Ciro Gomes, André Figueiredo, Roberto Cláudio, Sarto, a maioria dos vereadores do PDT de Fortaleza e três deputados estaduais. Do outro Cid Gomes, Evandro Leitão, a maioria dos deputados federais do partido na Câmara e pelo menos 10 deputados estaduais dos 13 eleitos no pleito de 2022.

Descontentes

O grupo governista defende o nome de Cid Gomes para presidir o partido no Ceará, enquanto que os pedetistas do PDT querem a permanência de André Figueiredo na presidência da sigla no Estado. Alguns parlamentares já chegaram a defender a saída em massa dos descontentes com a gestão de Figueiredo, caso o senador não seja o nome escolhido. O que se sabe, de fato, é que o racha interno está consolidado e, dificilmente, haverá um retorno do diálogo entre essas partes antagônicas.

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