O presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Evandro Leitão (PDT) lamentou, em suas redes sociais, a informação de que os atendimentos a novos pacientes com câncer do Centro Regional Integrado de Oncologia (Crio), em Fortaleza, foram suspensos. De acordo com ele, a medida foi tomada pela direção da instituição devido à redução de repasses por parte da Prefeitura de Fortaleza.
“O Crio é referência para o tratamento do câncer em todo o Ceará. O descaso com pessoas que passam por uma situação tão delicada, negando-lhes a oportunidade de cuidado e cura, é cruel e insensível”, disse o parlamentar, que se disse solidário aos profissionais da unidade de saúde e “a todos aqueles e aquelas que serão afetados com a decisão”.
Incomodado, o deputado Queiroz Filho (PDT) foi à tribuna da Assembleia Legislativa e apontou que 85% dos serviços para este tipo de problema de saúde são prestados na Capital cearense, sendo 64% dos atendimentos são oriundos do Interior do Estado. “Não é justo que a Prefeitura de Fortaleza pague esta conta sozinha e não tem serviço oncológico em qualquer outra parte do Estado. Mais uma vez o Governo do Estado dá as costas para Fortaleza”, disse.
A deputada Dra. Silvana (PL), porém, afirmou que a Prefeitura de Fortaleza estaria prevaricando, caso tivesse os recursos e não os tivesse repassando para a prestação dos serviços. “Se quem recebeu o dinheiro foi a Prefeitura, ela vai ter que reabrir imediatamente, Se o Ministério Público não tomar providência, está prevaricando. Quem está, de fato, sofrendo são os pacientes. Vi pelas redes do presidente da Assembleia, o Evandro Leitão, e parabenizo a postagem”, disse.
A deputada Larissa Gaspar (PT) informou já estar acompanhando essa problemática, inclusive, junto ao Ministério Público do Estado. Ela informou que estará na próxima sexta-feira na sede da instituição para tratar do tema e convidou seus pares para comparecerem ao local.
Prefeitura
Cláudio Pinho disse que a conta para manter o serviço é de R$ 160 milhões e apenas R$ 100 milhões teriam sido repassado. “O ideal era que o paciente de Iguatu fosse atendido no Iguatu e não viesse para Fortaleza. Mas 60% do tratamento oncológico é feito em Fortaleza. Só o ICC (Instituto do Câncer do Ceará) receberá da Prefeitura, R$ 14 milhões por mês. Nenhum aporte financeiro por parte do Governo do Estado. Não vamos politizar o assunto da Saúde”.