Senador Eduardo Girão critica encerramento do programa de escolas cívico-militares

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou, em pronunciamento no Plenário nessa quarta-feira (12), o encerramento do programa de escolas cívico-militares, decisão anunciada pelos Ministérios da Educação e da Defesa. Segundo o senador, a medida é “uma maldade” que demonstra atitude de “vingança e revanchismo” do atual governo contra uma das principais bandeiras de gestão do governo passado.

“É uma vergonha! Isso está acontecendo neste momento em que vai ficar faltando essa oportunidade para as pessoas que querem […]. Mostra apenas que o viés ideológico está acima dos interesses da população brasileira, que não vai ter o direito de escolha, a liberdade para definir o método, definir a forma, mesmo com toda a orientação do MEC”, disse.

O parlamentar ressaltou que as filas de espera por uma vaga nas escolas cívico-militares em todo o país são prova do sucesso do programa. Ele mencionou a visita que fez a uma escola no Rio Grande do Norte, onde observou o impacto positivo do método de ensino em uma comunidade carente.

“Um modelo de sucesso absoluto, de êxito, que tem colocado pessoas nas filas, porque querem mais. Tem poucas escolas no Brasil, e estão tirando esse direito na marra, acabando com esse programa no Ministério da Educação. Lá no Rio Grande do Norte, eu fiquei encantado: numa comunidade carente, com a questão da segurança difícil, num dos bairros mais violentos, a Escola Maria Ilka. No Ceará, nós temos ótimos exemplos, especialmente em Maracanaú”, afirmou.

Girão disse também que o valor gasto com a manutenção do programa das escolas cívico-militares é “insignificante” em comparação com o orçamento total destinado à educação. De acordo com ele, o fechamento das 216 escolas no país vai afetar cerca de 85 mil alunos.

Para o senador, não há justificativas que respaldem a decisão de fechamento, uma vez que já foi aprovado reforço de R$ 56 milhões no Orçamento para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O senador pediu apoio do Parlamento para barrar a decisão.

“Eu espero que o líder do governo, senador Jaques Wagner [PT-BA], que ouviu de todo mundo, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que ouviu as manifestações voluntárias dos senadores aqui, tentem intermediar com o ministro da Educação ou com o Presidente da República para que possa continuar esse programa”, concluiu.

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