Vereadores destacam resistência do movimento quilombola e lamentam execução de Mãe Bernadete

Adriana Nossa Cara lamentou casos de intolerância e defendeu que medidas sejam tomadas para evitar esse tipo de manifestação. Foto: CMFor

Em sua participação na sessão ordinária desta terça-feira (22), a vereadora Adriana Nossa Cara (PSOL), lamentou e pediu justiça aos casos de violência envolvendo as religiões de matrizes africanas. Ela cobrou uma posição do Tribunal de Justiça do Estado em relação ao vídeo circulando nas redes sociais de um servidor da instituição com frases preconceituosas.

“Que o Tribunal de Justiça apure de fato se ele é servidor. Que o nosso Tribunal de Justiça busque a responsabilização perante a lei, não devemos tolerar o intolerante”, apontou.

A parlamentar falou ainda do caso de violência envolvendo Mãe Bernadete, e que situações como essa fomentam a violência nos terreiros do Brasil. “Uma fé que é protegida pela constituição, o estado brasileiro precisa dar respostas”, destacou.

O vereador Ronivaldo (sem partido) também manifestou pesar pelo assassinato da Mãe Bernadete Pacífico, líder do quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia e pediu um minuto de silêncio em sua homenagem.

“A Mãe Bernadete Pacífico, importante liderança quilombola no país, foi assassinada com 14 tiros dentro da sede da associação do quilombo Pitanga dos Palmares da qual ela defendia a demarcação daquele território. Foi a 11° quilombola morta na Bahia nos últimos 10 anos e isso revela a negligência do Estado nessa questão”, lamentou ele.

“Trago portanto esse lamento de ver mais uma importante defensora de direitos pagar na luta e resistência com a própria vida”, declarou o parlamentar solicitando um minuto de silêncio em homenagem à Mãe Bernadete e ao seu tio Pedro Amaro, que faleceu ontem, 21”, solicitou o parlamentar.

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