A destituição do senador Cid Gomes da presidência interina do PDT do Ceará ainda será tema de muitos debates e embates na política local do Estado. O tema, como era esperado, foi levado à tribuna da Assembleia Legislativa, na sessão plenária desta terça-feira (03).
Um grupo majoritário na Casa Legislativa defende que Cid Gomes continue na presidência da sigla, porém, há, em número reduzido, aqueles que apoiam o retorno de André Figueiredo. São eles: Queiroz Filho, Antônio Henrique e Cláudio Pinho, que, diferente dos demais pedetistas, fazem oposição ao Governo Elmano de Freitas.
Em pronunciamento no Plenário 13 de Maio, o deputado Marcos Sobreira (PDT) lamentou o que vem acontecendo nos últimos tempos no partido, apontando os períodos de instabilidade desde a eleição de 2022. “Nós fomos surpreendidos ontem (02/10) por essa atitude totalmente unilateral do presidente nacional do PDT, André Figueiredo, sem conversar com a bancada de deputados”.
O deputado lembrou que o PDT é o partido com maior densidade no Estado, com maior número de prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais, além de Cid Gomes como senador, que em suas palavras é a principal liderança da agremiação no Ceará.
“O senador Cid Gomes nunca teve o desejo pessoal de ser presidente do PDT. Ele atendeu a um chamamento de membros do partido, para que pudesse liderar esse processo de união, de parceria e de boa convivência com os partidos aliados, deixando o PDT em um patamar grande”, destacou.
“O senador Cid Gomes visitou as sedes dos principais partidos do Estado, discutindo parcerias e projetos ideológicos. Toda segunda-feira, ele despachava com cada membro do PDT, abdicando de missões no Senado e da vida pessoal. Ele estava ali para pacificar o partido e somar forças” – (Marcos Sobreira)
O líder do PT na Casa, o deputado De Assis Diniz também se posicionou sobre o ocorrido na sigla aliada. Segundo ele, há uma importância para o Ceará na figura de Cid Gomes que não pode ser deixada de lado. “Ele estabeleceu o diálogo como método. Me solidarizo com a história e a vida de um homem que constrói relações, pois é pelo diálogo que vamos pacificar a política”, apontou o petista.