A deputada estadual Lia Gomes (PDT) defende que o Partido Democrático Trabalhista esteja todo na base de apoio do Governo Elmano de Freitas. A parlamentar, irmã do senador Cid Gomes e do presidenciável Ciro Gomes, afirmou que o presidente da sigla, André Figueiredo, usa da “ditadura” para impor suas vontades à legenda, fazendo com que a minoria da agremiação se imponha sobre a maioria.
“Fala-se em democracia, usa ele a ditadura para justificar e fazer uma vacina contra aquilo que ele quer praticar. A posição de uma minoria se impondo à posição e entendimento da maioria esmagadora do partido”, afirmou Lia, que na discussão interna do PDT, está ao lado de Cid Gomes.
Segundo ela, dos cinco deputados federais do PDT do Ceará, somente André Figueiredo tem posição contrária ao Governo Elmano de Freitas Na Assembleia Legislativa, dos 13 parlamentares pedetistas, apenas três estão na bancada oposicionista e o restante na base. “Em que partido de qualquer Estado existe um quadro, que é senador, que tem apoio de 10 deputados estaduais e federais e não é presidente do partido? Com certeza isso não existe”, apontou.
Questionada sobre o posicionamento de Ciro Gomes, que defende a oposição a Elmano, Lia disse que o irmão mais velho não tem se metido nessas questões, apesar de ter manifestado apoio ao grupo de André Figueiredo. “Ele acha que o PDT tem que fazer oposição e eles têm meio que um salvo conduto para seguir aquilo que o Ciro apoia e defende”.
Apesar de seu posicionamento alinhado a Cid Gomes, Lia Gomes afirmou ter convivido bem com os irmãos, buscando separar a vida familiar da partidária, “embora seja complicado, embora haja divergências profundas que têm sido expostas por Ciro e Cid. Eu não participo dessa cisão”, explicou.
“Eu faço parte da maior parte da bancada do PDT e acho que a gente tem que fazer parte da base de apoio do Governo Elmano”, defendeu Lia Gomes, que também reclamou das muitas comissões provisórias da sigla pedetista no Ceará, que em sua avaliação, podem ser destituídas “com uma canetada” pelo presidente do partido.
Ainda de acordo com ela, a atitude de André Figueiredo em destituir Cid Gomes da presidência provisória da agremiação causa insegurança em lideranças municipais que vão enfrentar as eleições no próximo ano. “O Cid tem buscado, de acordo com o regimento interno e o que foi solicitado a ele. Ele não pediu para ser presidente do partido, ele foi convocado pela maioria”, justificou.
