A instalação de uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza, deve afetar 99% da internet utilizada pelos brasileiros. Essa é a afirmação do deputado Sargento Reginauro (UB), que em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (03), criticou a decisão do Governo do Estado para criação do equipamento na Capital ceraense.
Reginauro criticou a declaração do governador Elmano de Freitas de que poderia mudar o local onde será instalada a usina de dessalinização da água do mar, em Fortaleza, se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) apresentar estudo técnico que comprove a existência de risco para o funcionamento do hub de cabos submarinos de fibra óptica.
“O governador não sabe que a Cagece pagou R$ 5 milhões pela consultoria de uma empresa referência no mundo que disse que ali não? É um absurdo que um governador do Estado faça uma declaração dessas”, lamentou.
Reginauro acredita que o assunto é delicado e pode afetar a internet de 99% do Brasil. Ainda de acordo com ele, a água ficaria mais cara após a instalação da usina de dessalinização e que todo o Estado pagaria pelo consumo de apenas 30% da população de Fortaleza.
O deputado Queiroz Filho (PDT) corroborou com o colega e disse que a água já está mais cara, pois a Cagece reajustou a tarifa em janeiro em 3,75% e agora em mais 14,39%, totalizando quase 18% de aumento só no ano de 2023, sem qualquer justificativa plausível. O pedetista também vê a instalação da usina de dessalinização com receio.
Situação de Rua
Ainda em seu pronunciamento, Sargento Reginauro voltou a criticar o aumento da violência no Ceará e disse que os cearenses vivem em uma guerra diária. Mais uma vez, o parlamentar se colocou à disposição para auxiliar a gestão, visto ter conhecimento na área de Segurança Pública.
Ele também fez menção ao relatório “População em Situação de Rua”, elaborado pelo Governo Federal e publicado neste mês, mostrando que a população em situação de rua no Ceará aumentou seis vezes em sete anos. “É o Ceará seis vezes mais pobre e lascado. Essa é a realidade que enfrentamos no Estado”.
