O deputado Osmar Baquit, que tem atuado como uma espécie de porta-voz do senador Cid Gomes na tribuna da Assembleia do Ceará, voltou a tratar do tema da disputa interna no partido na sessão ordinária desta quarta-feira (18). De acordo com ele, a agremiação já perdeu a credibilidade no Estado e tem gerado insegurança em pretensos candidatos a prefeito e vereador no pleito de 2024.
Na manhã desta quarta-feira, a juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo revogou decisão dela mesma que havia anulado reunião que escolheu Cid Gomes como presidente do PDT do Ceará. Por outro lado, o deputado federal André Figueiredo convocou reunião da direção nacional, a ser realizada no dia 27 de outubro, às 14 horas no Rio de Janeiro, para tratar, dentre outros temas, da disputa interna no diretório cearense.
“Espero muito que antes do dia 27 a justiça possa reparar um erro da juíza que foi induzida ao erro. O pedido feito por André se refere a uma convenção e não foi feito convenção, mas uma reunião”, disse Baquit sobre mais um imbróglio jurídico envolvendo a sigla. “Somos a maior bancada da Assembleia, de federal, de vereadores, mas falta juizo a uma minoria. Porque você ter um senador da República, dez deputados estaduais, quatro federais, mais de 50 prefeitos e querer jogar fora é querer transformar esse partido em um partido sem esperança”.
Ele voltou a questionar a parte minoritária da sigla que não aceita Cid Gomes como presidente do partido e fez um paralelo na decisão do ano passado, em que a maioria escolheu Roberto Cláudio como candidato ao Governo do Estado. “Valeu para o Roberto, mas não vale para o Cid? Eles não respondem porque não têm argumentos”.
“Vou esperar que essa novela mexicana termine até dezembro. Isso porque o PDT já perdeu a confiança, a credibilidade. Uma insegurança jurídica muito grande. Vamos ter que colocar na Justiça para provar que estamos corretos. Espero que a juíza, da mesma maneira que foi ágil em dar uma liminar, que seja ágil em reconhecer que ela foi induzida a um erro”, disse Baquit antes de receber a informação sobre nova decisão da magistrada.
Ainda de acordo com ele, o ministro Carlos Lupi atua como “dono” do PDT nacional, enquanto que André Figueiredo seria o equivalente no Ceará. Segundo ele, na reunião programada para o dia 27 próximo, o partido vai chancelar decisão contra o grupo cidista.
“Mas defendo o que disse o senador Cid. Temos que ir ao Rio de Janeiro. Que um grupo de deputados possa ir para mostrar que eles não são donos da verdade. Eu quero ir lá. A política não é lugar de gente frouxa. Cid, estaremos juntos. Estarei no PDT até o dia em que o senhor estiver”, assegurou.