Oposição quer detalhes sobre gastos com Réveillon de Fortaleza. Governista dispara: “dor de cotovelo”

Vereadora Professora Adriana afirmou que ofício assinado pela oposição foi encaminhado ao prefeito Sarto. Foto: CMFor

A bancada de oposição na Câmara Municipal de Fortaleza apresentou um ofício solicitando informações detalhadas da Prefeitura de Fortaleza sobre eventuais gastos do Poder Público com o Réveillon da cidade, que neste ano será realizado durante três. Atuando como uma espécie de aliado do prefeito Sarto, o vereador Márcio Martins (SD), que lidera um grupo de independentes na Casa, disse que os opositores estavam com “dor de cotovelo” e propôs uma ação para que o governador Elmano de Freitas ajude a realização do evento na Capital.

De acordo com a vereadora Adriana Almeida (PT), todos os membros da oposição assinarram ofício solicitando maiores informações sobre o Réveillon, “para que a gente possa saber onde o dinheiro está sendo investido, ou se não vai precisar dele”.

“Sabemos dos vários problemas da cidade e que são prioridades”, disse a petista, ressaltando, porém, não ser contra a realização da festa, que foi idealizada na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins, do Partido dos Trabalhadores. “Espero que, independente, do próximo prefeito ou prefeita, que ele possa dar continuidade a esse projeto tão bom. Mas que venha trazendo não só entretenimento, que não esqueça as outras áreas importantes”.

Em resposta à Adriana, Martins afirmou que a base governista deveria apresentar um ofício ao governador Elmano de Freitas, solicitando que ele se sensibilize e ajude o Réveillon de Fortaleza. “Ao invés de estarem aí com dor de cotovelo, vamos fazer um ofício o governador com umas 30 assinaturas. Senhor governador Elmano, ajude o Réveilon, porque ele é um produto lindo da cidade de Fortaleza. Se não quer ajudar, não atrapalha”, apontou.

Segundo informou, grupos empresariais estariam atuando com R$ 500 mil, R$ 1 milhão para custearem a festa e que o chefe do Executivo Estadual também poderia se associar. “Por que o Governo do Estado não pode entrar? Se criou um apartheid? Tudo o que é bom para Fortaleza, porque está rompido com o prefeito, não ajuda? Teria que ajudar, ou no maximo, não atrapalhar”, disparou.

Cofres públicos

Conforme informou o líder do Governo Sarto, o vereador Carlos Mesquita (PDT) e o próprio Márcio Martins, existe um contrato anual da Prefeitura com uma empresa local para fornecimento de palco, luz e som, mas que com cachê não haverá qualquer custo dos cofres públicos.

“Quando eu disse que não teria nenhum gasto novo é nada que fugisse da previsão orçamentária, principalmente, os cachês. A inexistência de licitação para a contratação de artistas dá margem para a turma usar o dinheiro de forma errada. Quem vai entrar com o cachê é a iniciativa privada”, explicou.

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