Para pedetista, maior erro do partido foi não ter punido aqueles que não apoiaram a candidatura do PDT

Cláudio Pinho afirma que faltou punição para aqueles que não defenderam a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Estado. Foto: ALCE

O deputado Cláudio Pinho (PDT) acredita ser praticamente impossível encontrar uma solução que agrade as duas alas dentro do Partido Democrático Trabalhista que se digladiam desde as eleições do ano passado. Para ele, o maior erro da legenda foi não ter punido o grupo dissidente que não apoiou a candidatura de Roberto Cláudio ao Governo do Estado, após decisão interna que escolheu o ex-prefeito como candidato.

Á época, uma ala defendia o nome da então governadora Izolda Cela, o que agrava setores do Partido dos Trabalhadores (PT). No entanto, o nome escolhido foi o de Roberto Cláudio, o que gerou uma dissidência neste grupo, que apoiou publicamente a candidatura de Elmano de Freitas, eleito no primeiro turno.
Para Pinho, o partido tinha em suas mãos a opção de punir seus filiados ou até mesmo não conceder a legenda partidária para aqueles que não apoiavam o nome de Roberto Cláudio. Agora, porém, em sua avaliação, a situação desandou e não há solução que passe por um consenso entre as duas partes.

Para esta semana, o grupo pedetista liderado por Cid Gomes marcou reunião para discutir, dentre outras coisas, a intervenção proposta pela executiva nacional no diretório estadual no Ceará. No entanto, um dia antes, o PDT comandado nacionalmente por André Figueiredo deve confirmar a intervenção no representação cearense.

“Tudo isso o que estamos passando vem porque o partido não teve a coragem de tomar atitudes à época da eleição. Agora fica mais difícil, mais traumático e todo mundo está nessa situação em que ninguém queria estar. Espero que isso seja resolvido o quanto antes”, disse.

Segundo ele, não interessa à sociedade saber sobre briga interna de partido, mas sim sobre como sua vida pode melhorar e o que o partido pode fazer para melhorar a vida do cidadão. De acordo com ele, a política deveria ser feita focando nos interesses da população e não em questões de foro pessoal.

Conforme informou, a direção nacional do PDT não está preocupada no tamanho que o partido possa ficar no Ceará caso haja uma eventual saída do grupo político liderado por Cid Gomes. Segundo ele, se fosse para barganhar, quanto maior um partido, melhor. No entanto, uma sigla ideológica visa propor políticas públicas para a sociedade, não importando o seu tamanho.

“A gente tem que procurar ver é que essa maioria de hoje não era maioria no ano passado e desrespeitou a decisão da maioria. Não votaram com o partido e não foram punidos. O maior erro foi ter deixado isso acontecer e não ter aplicado o devido processo legal, seja expulsão ou não dando legenda”, destacou.

“A direção nacional não está preocupada com o tamanho que o PDT ficará no Ceará” – (Cláudio Pinho)

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