Enquanto PDT, PT e PL estão em conflito interno ou em vias de uma disputa entre seus integrantes, visando o pleito de 2024, o União Brasil é, por enquanto, a única legenda com nome potencial para a disputa do próximo ano em Fortaleza que não está com algum confronto entre seus correligionários. A legenda, que pretende lançar Capitão Wagner como candidato, mais uma vez, na Capital cearense, segue unida e realizando encontros regionais de olho no pleito que se avizinha.
O Partido Democrático Trabalhista, o PDT, legenda que em Fortaleza tem a maior bancada da Câmara Municipal, inclusive, comandando o Legislativo da Capital cearense, e o prefeito do Município, vive em pé de guerra entre seus líderes e liderados em nível estadual, o que reflete em discordâncias em nível local. Recentemente, ao perder o apoio de John Monteiro (PDT) na Casa, a gestão exonerou um de seus secretários regionais, o vereador Renan Colares, para retirar o espaço de Monteiro.
Com isso, a ala pedetista que faz oposição ao prefeito Sarto, formada por Enfermeira Ana Paula (PDT) e Júlio Brizzi (PDT), resolveu retirar o então vice-líder da base governista e líder do PDT na Casa Didi Mangueira (PDT), que estava atuando na condição de suplente. Ana Paula e Brizzi estão entre os principais críticos da gestão de Fortaleza no Legislativo Municipal.
Em nível estadual, o PDT está aos frangalhos. De um lado, um grupo liderado por Ciro Gomes, André Figueiredo e Roberto Cláudio, e do outro, o senador Cid Gomes e a maioria da bancada da Assembleia Legislativa. O fim do imbróglio entre as duas castas será trágico para o futuro da legenda no Ceará.
O Partido dos Trabalhadores (PT) realizou reunião no fim de semana passado, em que defendeu que um nome de consenso seja apresentado pela sigla até o início do próximo ano. Acontece que o clima está longe de ser de unidade, a depender do nome que a legenda escolher. Guilherme Sampaio (PT), Larissa Gaspar (PT) e Luizianne Lins (PT) já demonstraram interesse na disputa do próximo ano. No entanto, uma eventual entrada de Evandro Leitão na agremiação, também se colocando como candidato, pode resultar em um racha interno na sigla petista.
Caso Leitão se filie ao PSB, outro imbróglio pode surgir, visto que isso levaria a uma divisão ainda maior dentro da base governista, já que o PT, o partido do governador Elmano de Freitas, não abre mão de uma candidatura em Fortaleza. Há também a possibilidade de a sigla pessebista apoiar a candidatura de Sarto à reeleição, que é a condição colocada por André Figueiredo para uma eventual federação entre PSB e PDT para 2026.
Unido
No PL, há uma disputa entre André Fernandes (PL) e Carmelo Neto (PL) sobre quem deve ser o escolhido para a disputa na Capital cearense. Fernandes já chegou a dizer que quem escolherá o nome será o ex-presidente Jair Bolsonaro. Mas Carmelo alega que pesquisas deverão ser feitas antes da escolha.
Enquanto isso, o grupo do União Brasil, que tem interesse em lançar, mais uma vez, Capitão Wagner, segue unido, sem qualquer indício de desavença interna quando o assunto é disputa eleitoral em Fortaleza. O pretenso candidato tem defendido “paz e amor”, afirmando que “no União todos estão unidos”.