O deputado Sargento Reginauro (UB) destacou, em sua participação na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (16), o aumento da violência no mês de outubro e a sensação de insegurança sentida pela população cearense. O parlamentar, mais uma vez, cobrou do Governo do Estado medidas efetivas que possam garantir a segurança das pessoas e redução da criminalidade no Ceará.
Segundo ele, outubro foi o mês com mais assassinatos no Estado, “e o Governo do Ceará segue sem dar qualquer resposta à população, segundo o parlamentar”. “Corpos esquartejados, decapitados na periferia, e não vemos nenhuma comoção com o que está acontecendo. O Governo está perdido e não reconhece que precisa de ajuda”.
“Já era pra ter recorrido ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, pedindo a Força Nacional ou o que for necessário, pois nesse momento quem manda no Estado são facções criminosas em pé de guerra” – (Sargento Reginauro)
Ainda de acordo com ele, o que mede a mede sensação de segurança não é a redução de homicídios, pois não significa um controle por parte das forças de segurança. “Alertei, várias vezes, que não se mede segurança pública pela redução de homicídios. Isso, muitas vezes, representa somente uma pacificação entre facções, e tudo muda num piscar de olhos. Basta que um deles invada o território de outro”.
Ele também rememorou o caso dos chamados “tatuzões”, que são tuneladoras adquiridas em 2011, na gestão Cid Gomes, enquanto tais equipamentos são alugados por outros estados quando esses necessitam de tais serviços. “Adquirimos, em 2011, tatuzões por R$ 172 milhões que escavaram pouco mais de um km² até hoje. Retiram agora R$ 70 milhões para a manutenção dessas máquinas paradas, mas precisam de empréstimo para construção de unidade habitacional? Qual é o critério? Alô, Ministério Público, alô, Tribunal de Contas, vamos investiga”.
Felipe Mota (UB), por sua vez, apontou uma preocupação com a baixa arrecadação do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelo Estado, que segundo ele, é incompatível com os gastos. “A arrecadação do nosso Estado não vai bem e estão registradas despesas e mais despesas. É da responsabilidade de nós deputados nos preocuparmos com isso”, reclamou.