Mais uma semana legislativa se encerrou na Câmara Municipal de Fortaleza sem que o prefeito Sarto tenha escolhido sua nova bancada de liderança na Casa Legislativa, apesar de alguns nomes sondados. Enquanto isso, o até então líder do Governo, Carlos Mesquita (PDT), tem utilizado a tribuna do Plenário Fausto Arruda para mandar alguns recados. Ele chegou a dizer que continua no cargo, que se considera um amigo do chefe do Executivo, e se depender dele, essa amizade continuará.
Mesquita não fala diretamente sobre o que estaria ocorrendo nos bastidores da política do Legislativo Municipal da Capital cearense, mas dá para se ter uma ideia dos recados dados. Nos últimos dias, os vereadores Iraguassu Filho (PDT) e Didi Mangueira (PDT) passaram a ter uma atuação de maior defesa da gestão no Plenário. Outro nome que tende a assumir a função na bancada é o vereador Professor Enilson (Cidadania).
De acordo com Mesquita, ele sofreu uma série de críticas de pessoas que ele considera como seus amigos, inclusive, nota de repúdio por parte do Partido dos Trabalhadores. “Eu não sei o que vou ser amanhã, se vou ser candidato a deputado ou a prefeito ou ir ser uma pessoa que vá só pra atrapalhar alguém, pra dizer para não votar em fulano. Sou amigo, sei que a política é desse jeito. Fui expulso do MDB porque fui votar no Camilo. Depois, o Eunício foi maior do que eu e me perdoo. Eu poderia estar no MDB, porque ele me chamou”, disse.
Ele também lembrou da dinamicidade da política em que alguns políticos estão de um lado e logo em seguida passam para outra frente de batalha. O pedetista chegou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro do que ele acredita ser uma perseguição política. “A política é desse jeito. O que estão fazendo com o pobre desse Bolsonaro, acho qe a gente não paga dor com dor. A gente deve perdoar”.
“Continuo líder, entrei pela porta da frente vou sair pela porta da frente. Poderia nem estar aqui, nas comissões dando parecer. Mas estou lá, discutindo do mesmo jeito” – (Carlos Mesquita)
Ele também enviou recados ao prefeito Sarto, ressaltando que contiua na base aliada. “Continuo base do Governo. Não fui líder do Sarto porque ele é prefeito e eu vereador. Fomos amigos, estudando no mesmo colégio. Dei o voto para ele ser eleito presidente da Câmara. Votei nele para deputado. Foi ele quem me botou na política, me levando para o PDC, para ser bucha dele.
“Pode ter certeza que sou amigo e não guardo mágoa de ninguém do PT. O Elmano é meu governador. Sarto, somos amigos, e, se depender de mim, continuaremos amigos. Espero que meus colegas entendam posições que temos que tomar. Aos amigos leais, o meu abraço, meu obrigado”, concluiu.