Em uma reação extraordinária contra o papa Francisco, alguns bispos católicos na África, na Polônia e em outros lugares dizem que não adotarão a nova política do Vaticano que permite bênçãos para casais homoafetivos.
Outros minimizaram a política aprovada por Francisco no mês passado, dizendo que ela simplesmente reafirma o ensinamento de longa data do Vaticano de que o casamento é uma união apenas entre um homem e uma mulher.
As reações mostram como a questão permanece polarizada, e como o esforço de uma década de Francisco para tornar a igreja um lugar mais acolhedor para a comunidade LGBTQ+ continua a despertar resistência entre os líderes católicos tradicionalistas e conservadores.
Algumas das respostas mais intensas vieram de bispos na África, onde vivem 265 milhões de católicos, quase um quarto do 1,3 bilhão de católicos no mundo. Muitos desses fiéis vivem em sociedades onde a homossexualidade é condenada e proibida, e suas igrejas atuam ali.
Dentre os 54 países do continente, 31 têm leis que criminalizam a homossexualidade, mais do que qualquer outro continente, segundo a organização Human Dignity Trust, que defende os direitos LGBTQ+.