A operação da Polícia Federal contra alvos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro foi o assunto do dia nos bastidores da política local. Deputados bolsonaristas lamentaram a ação da PF e apontaram motivação política para a busca e apreensão em residências de aliados de Bolsonaro.
Presidente estadual do PL no Ceará, o deputado Carmelo Neto insinuou que a operação tem relação com evento realizado na tarde de quarta-feira (07), quando Bolsonaro reuniu apoiadores no Município de São Sebastião, em São Paulo. “As imagens de ontem devem ter incomodado muito. Minha solidariedade ao presidente Jair Bolsonaro e a todos os alvos desta perseguição implacável”, disse.
Ainda de acordo com ele, a pedido do presidente Lula, em dezembro de 2022, o então presidente Jair Bolsonaro nomeou os escolhidos do petista para comandar Marinha e Aeronáutica. “Como que um presidente da República, antes de deixar o cargo, nomeia os escolhidos pelo sucessor, e ainda assim, quer dar um golpe de Estado? Alguém consegue me explicar?”, questinou.
Dirigente do PL Fortaleza e pré-candidato a prefeito da Capital cearense, André Fernandes criticou a operação da PF contra quem ele chamou de “homem honesto”. Em suas redes sociais, ele cobrou posicionamento dos presidentes da Câmara Federal e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “Um presidente da república bandido, descondenado, comentando a operação da PF contra um homem honesto e seus aliados. Como tem gente que ainda acha isso normal? Cadê os presidentes Lira e Pacheco, que esbravejaram manter a ordem constitucional? Vergonha”.
Sargento Reginauro (UB), em pronunciamento na Assembleia Legislativa, lamentou que parlamentares petistas tenham comemorado a ação da Polícia Federal. Segundo ele, a lista de membros do PT que foram investigados e presos pela Polícia é extensa. “A diferença do que está acontecendo agora é que todos eles eram corruptos com mala de dinheiro, dinheiro na cueca, era corrupção ativa, dinheiro do povo brasileiro sendo levado para construção de apartamentos, sítios e por aí vai. O Brasil tem um presidente da República descondenado. Ele não foi inocentado. O sonho deles é ver Bolsonaro preso”.
Alcides Fernandes (PL) criticou falas do deputado De Assis Diniz (PT), que comemorou a realização da operação da PF. “O líder do PT, o lagosteiro, gritou, esperneou e fugiu. O honesto para o deputado lagosteiro é o cuecão. É aquele que passou mais de 500 dias preso. As suas pancadas só nos elogiam. O Bolsonaro está sendo convocado porque incomodou uma baleia. E quem falou que Lula voltou à cena do crime foi o vice-presidente Geraldo Alckmin”, apontou.