Deputados de oposição voltaram ao tema das cirurgias eletivas no Ceará, apontando que a gestão Elmano de Freitas não tem viabilizado os procedimentos de forma hábil para os mais de 61 mil pacientes que ainda necessitam das operações. Segundo eles, é preciso buscar ações para melhorar a saúde do Estado e a redução no número de pacientes nas filas seria uma delas.
O tema foi levado à tribuna pelo deputado Dr. Aloísio (UB) que afirmou que cerca de 61 mil pessoas ainda estão aguardando uma cirurgia eletiva. Só na cidade do Crato são 726 cirurgias para serem feitas. “O Crato hoje, inclusive, está em situação de calamidade pública, ocupando a posição 123°, dos 184 municípios, na atenção básica”, disse.
Dr. Aloísio frisou a importância de fazer mutirões de cirurgias para minimizar as filas. “É simples. Reúne todos que precisam de cirurgia de varizes, por exemplo, então faz um mutirão. Depois catarata, vesícula e assim sucessivamente. É fácil buscar fazer uma contratualização com as unidades de saúde e especialidades. Tranquilamente conseguiríamos reduzir a espera das pessoas”, explicou.
A falta de acompanhamento para a população que tem diabetes, hipertensão e pacientes oncológicos que precisam de avaliações, também foi lamentada pelo deputado. “Outro dado grave é sobre a cobertura vacinal. As vacinas de pólio e penta só atingiram 81% da população. Isso é grave e pode trazer reativação de doenças”.
Para o deputado Cláudio Pinho (PDT), o tema da saúde precisa ser abordado sem cores partidárias. Ele lembrou falas do governador Elmano de Freitas que teria falado em zerar as filas de cirurgias eletivas, e estas passaram de 55 mil para 61 mil em março deste ano. “Vão esperar até quando ? Temos que esperar a solução para isso. O Governo precisa de uma atitude para melhorar a questão das cirurgias para dar melhoria aos cearenses”.
Sargento Reginauro (UB) lamentou que pessoas tenham que se deslocar de regiões distantes da Capital para realizarem alguns desses procedimentos, visto que isso não pode ser realizado em seus municípios. Já Alcides Fernandes (PL) lembrou que o governador Elmano de Freitas teve problemas de saúde foi realizar exames em São Paulo e não em equipamentos hospitalares do Estado. “Se o governador não valoriza, imagene a população”.
De Assis Diniz (PT) tentou justificar a situação, lembrando que 17 mil cirurgias eletivas foram realizadas. Em resposta, Aloísio afirmou que o número é pouco diante dos mais de 60 mil pacientes esperando os procedimentos. “Cerca de 300 cirurgias no Crato é uma vergonha, são 10 por dia. Isso prova a ineficiência e a falta de gestão da saúde do Ceará”.