Apesar de protestos da oposição, Assembleia aprova doação de prédio do Acquário para a UFC

Os deputados da Assembleia Legislativa aprovaram, na manhã desta quarta-feira (3), projeto de Lei do governador Elmano de Freitas que doa o prédio do Acquário Ceará para a Universidade Federal do Ceará (UFC). A bancada de oposição protestou contra a medida, principalmente, devido o dinheiro gasto no equipamento, mas a maioria da Casa aprovou a proposta do Poder Executivo. A matéria foi aprovada com 29 votos favoráveis e apenas oito contrários.

“Se o governador Camilo Santana tivesse concluído essa obra no seu primeiro mandato, estávamos com o Acquario pago, trazendo lucros e turismo para a economia cearense. Estão querendo cobrir a tragédia que foi a gestão Camilo Santana, querendo jogar a responsabilidade para a UFC, que não vai ter orçamento para concluir essa obra”, disse Sargento Reginauro (UB).

“O povo do Estado do Ceará foi consultado? Não foi consultado. Por isso que vim dar o nome correto às coisas. Isso aqui é para colocar uma pá de cal, para ninguém mais falar no assunto. Como é que se gastou mais de R$ 100 milhões naquele esqueleto? Pode ter certeza que isso precisa ser esclarecido”, disse.

Dra. Silvana (PL) também criticou a medida e acusou a existência de desvio de recursos nas obras do Acquario. “Votar de joelho resulta nisso. R$ 112 milhões jogados fora. Essa Casa se apequena com uma votação dessa. Precisava de uma discussão de meses e meses”, apontou. “A pergunta que fica é, quem vai construir esse restante do que falta? Quem vai manter esse novo prédio? Quando é que isso vai acontecer?”, questionou Queiroz Filho (PDT).

Em defesa da gestão, De Assis Diniz (PT) disse que a doação do equipamento para a UFC é a solução da questão. “O Labomar não é esqueleto, terá uma obra. Ali terá curso de graduação. Vamos ter curso de pós-graduação, um campi. Vamos ter duas áreas estratégicas de meteorologia”, explicou.

Leonardo Pinheiro (PP), por sua vez, destacou a importância da matéria para a geração de emprego e oportunidades. O governista Renato Roseno (PSOL) apontou que oito requerimentos de sua autoria requerendo a dedicação do equipamento para a educação e cultura. “Aquele terreno era inicialmente da União. Eu fui crítico de primeira hora daquela ideia, porque não havia viabilidade nela”, disse.

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