O Partido Liberal (PL), agremiação que tem como principal liderança política o ex-presidente Jair Bolsonaro, foi uma das siglas que mais perdeu representantes na Câmara Municipal de Fortaleza. Outrora a segunda maior força partidária na Casa Legislativa, a legenda reduziu seus quadros pela meta após a chamada “janela partidária”.
Antes da chegada de Bolsonaro ao partido, no pleito de 2020, o partido elegeu apenas duas vereadoras: Tia Francisca e Ana Aracapé. No entanto, no decorrer dos anos novos parlamentares foram ingressando no grêmio, principalmente, após o ingresso do integrante ilustre.
Filiaram-se ao partido os vereadores Pedro Matos, Priscila Costa, Inspetor Alberto e Bruno Mesquita, que se somaram às duas vereadoras eleitas pela sigla. O partido foi mudando seu posicionamento na Casa Legislativa, com discursos mais agressivos contra a gestão Sarto. No entanto, a agremiação estava divivida entre aliados do Governo e opositores.
Com a janela partidária do último mês, porém, quatro desses representantes deixaram o partido. Pedro Matos foi para o Avante, e continua na base governista de Sarto, assim como Ana Aracapé. Já Bruno Mesquita e Tia Francisca ingressaram no PSD, partido que rompeu relação com a gestão Sarto e faz parte da base aliada do governador Elmano de Freitas.
Filiação
Priscila Costa e Inspetor Alberto, dois dos principais bolsonaristas na Casa, porém, terão ao seu lado na Câmara Municipal a companhia de Julierme Sena, que deixou o União Brasil de Capitão Wagner e deve apoiar uma eventual candidatura de André Fernandes à Prefeitura de Fortaleza.
Em processo de filiação, o PL filiou alguns quadros ao partido, focando em ex-vereadores, suplentes e influencers digitais. Dentre esses foram filiados Priscila Rocha, que foi candidata no pleito de 2022, o ex-vereador Plácido Filho, o influencer Queiroz do Povo e Coronel Bezerra. Pretenso candidato a prefeito, André Fernandes também tem buscado o apoio de igrejas.