Interesses políticos. Foi dessa forma que o deputado Fernando Santana (PT) respondeu às acusações feitas por adversários sobre vídeo em que o prefeito de Barbalha, Dr. Guilherme, fala sobre solicitação feita à Enel para liberar recursos para a realização da festa do Município. No fim de semana, políticos contrários a Santana utilizaram o vídeo afirmando que havia conflito de interesses do parlamentar petista, que é presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a fornecedora de energia no Ceará.
O presidente do União Brasil no Estado, o ex-deputado Capitão Wagner, publicou vídeo nas redes sociais onde afirma que entrou com pedido de investigação do Ministério Público sobre o caso. Ao lado de Felipe Mota (UB) e Sargento Reginauro (UB), o dirigente partidário também solicitou o afastamento de Fernando Santana de suas funções.
Da tribuna do Plenário 13 de Maio, Fernando Santana se defendeu das acusações feitas por seus desafetos políticos locais, atribuindo tais denúncias ao atual prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra, que tende a ser seu adversário no pleito eleitoral deste ano no Município, visto que os dois são pretensos candidatos a prefeito na cidade. Ele também criticou a atitude de Capitão Wagner, a quem disse não ter prestado qualquer serviço ao povo cearense, lembrando ainda que o dirigente foi um dos líderes do motim da Polícia Militar no fim de 2011 e início de 2012.
Santana destacou, ainda, que a própria presidência da Enel desmentiu ter qualquer relação com o petista, afirmando que houve corte no vídeo disponibilizado nas redes sociais e encaminhado para a imprensa. Alguns deputados da base governista se solidarizaram com Fernando Santana, destacando o trabalho à frente da CPI da Enel. O presidente da Mesa Diretora, Evandro Leitão (PT), também se posicionou, chamando de “ilações” as acusações feitas contra o colega de partido.
Aliados de Capitão Wagner, porém, partiram em defesa do dirigente partidário, criticando falas de Santana direcionadas a ele. Capitão Wagner lembrou que o presidente Lula, assim como Wagner, foi derrotado em três disputas à Presidência da República antes de se consagrar vitorioso. Felipe Mota, por sua vez, defendeu que o deputado petista se afastasse para que sua conduta fosse investigada.
