O primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Fortaleza, como era esperado, foi marcado por muitas acusações de todos os lados e poucas propostas apresentadas para a população. Apesar disso, alguns dos postulantes pincelaram o que deve ser mostrado por eles em um eventual plano de Governo.
Segurança Pública, Saúde, Geração de Emprego, Mobilidade Urbana, Juventude e Educação foram alguns dos temas abordados pelos presentes. Foram convidados para o debate que aconteceu nos estúdios da Band Ceará os candidatos André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União), Eduardo Girão (NOVO), Evandro Leitão (PT), George Lima (SD), Sarto (PDT) e Técio Nunes (PSOL).
Logo no início do debate, o candidato do PT Evandro Leitão afirmou que o senador Eduardo Girão morou em Miami, nos Estados Unidos, que era aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, Girão afirmou ser o senador com mais frequência no Senado e disse que a gestão Lula “é uma tragédia”.
Girão afirmou que o gestor de Fortaleza precisa ter coragem e apontou que Evandro Leitão, quando líder do Governo Camilo, não teve coragem para iniciar os trabalhos da CPI do Narcotráfico. Para ele, “a população hoje sofre as consequências”.
No embate com Capitão Wagner, Girão questionou sobre Saúde, deixa que o candidato do União Brasil queria para falar de sua experiência como secretário da pasta na gestão de Maracanaú. Wagner aproveitou para criticar a taxa do lixo, implantada por Sarto, destacando que foi o primeiro a propor o fim da cobrança. “Zero lixo, zero taxa. Quero dar dignidade aos catadores e destinação correta dos resíduos”, pontuou Wagner.
Técio Nunes (PSOL), esposo da secretária da Juventude do Governo Elmano, Adelita Monteiro, disse ainda ser usuário do SUS, e questionou a George Lima sobre suas propostas para a para a área. Lima aproveitou para falar de sua trajetória de vida e atacou Bolsonaro, se dizendo vítima do ex-presidente durante a pandemia de Covid.
Lima também atacou André Fernandes, afirmando que o parlamentar não tem equilíbrio emocional para administrar a cidade de Fortaleza. Em resposta, o bolsonarista afirmou que queria discutir a cidade. Ele chamou George de “assessor do PT” e chamou Capitão Wagner de “desleal”, destacando que ele não retribuiu apoio que recebeu no passado de grupos bolsonarisats.
Sarto, em tom mais agressivo, apontou que na gestão do PT Fortaleza tinha a pior educação do Estado, e disse ainda que os governos petistas “entregaram os presídios para as facções”. Ainda chamou Evandro Leitão de covarde por não defender a instalação da CPI do Narcotráfico em 2018.
“Me respeite, respeite a minha história”, protestou Evandro Leitão, que disse fazer parte do Comitê de Segurança do Ceará. “Covardia é o que o senhor faz com a população de Fortaleza”, disparou o petista. Em resposta, Sarto retrucou: “É muita cara de pau querer ser prefeito de Fortaleza. Gabinete do prefeito não é lugar de covarde”.
Ainda durante o debate, Sarto pediu para Eduardo Girão trocar a camisa com críticas à gestão atual, o que foi deferido. Turismo, Emprego e Renda, Saúde, Mobilidade Urbana, Segurança e Pessoas em Situação de Rua foram temas sorteados para discussão entre os candidatos presentes. Com pouco tempo para responder, e sem um plano de Governo construído, os candidatos, aparentemente, apresentavam qualquer proposta, algumas até já em execução.
Luizianne
O nome da ex-prefeita e deputada federal Luizianne Lins surgiu algumas vezes durante o debate. Evandro Leitão enalteceu as políticas implantadas por ela, como os Cucas. Ele afirmou que vai criar os Centros de Formação Profissional para a juventude. Em resposta, Wagner afirmou que o petista “atropelou” a candidatura de Lins.
Em resposta, Leitão afirmou que não houve atropelo, mas um processo democrático. Ele ainda aproveitou para prometer passe livre estudantil aos fins de semana. André Fernandes prometeu trabalhar como o ex-prefeito Juraci Magalhães e disse que a Guarda Municipal, em uma eventual gestão sua, vai “perseguir bandidos”. Já Eduardo Girão disse que a Guarda terá um helicóptero para atuar nas ruas.