O presidente nacional em exercício do Partido Democrático Trabalhista (PDT), o deputado federal Andre Figueiredo afirmou que vai recorrer da decisão da ministra Isabel Gallotti, que negou recurso da sigla e garantiu a desfiliação de grupo de pedetistas aliados do senador Cid Gomes (PSB). De acordo com o dirigente, o novo recurso será feito ao pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e, se possível, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Desde a pré-campanha de 2022, um grupo majoritário dentro do PDT se desentendeu com a direção do partido no Ceará. Boa parte da legenda defendia o nome de Izolda Cela para a disputa, mas ganhou Roberto Cláudio. Ainda assim, esse grupo se alinhou com o governador eleito Elmano de Freitas, e houve racha na agremiação.
O grupo dissidente do PDT é ligado ao senador Cid Gomes, que deixou os quadros da legenda e se filiou ao PSB. O partido socialista deve ser a nova morada de muitos deputados estaduais e federais que ainda estão filiados à sigla pedetista. O PT também deve ser outro grêmio a dar guarida aos parlamentares descontentes. José Guimarães, inclusive, já fez o convite ao grupo.
Segundo André Figueiredo, o partido não vai discutir a decisão da Justiça, apesar de discordar do conteúdo que justificou a sentença monocrática. “Vamos recorrer ao pleno e mostrar as razões que fundamentam nosso recurso. E esperamos que o pleno reverta. Não desistiremos, e iremos, se for o caso, até o Supremo para que ele se manifeste, caso o TSE ratifique a posição monocrática da ministra que tomou essa decisão”, afirmou.
A decisão da ministra beneficia os seguintes deputados e suplentes: Tin Gomes, Antônio Granja, Bruno Pedrosa, Guilherme Bismarck, Guilherme Landim, Helaine Coelho, Salmito Filho, Jeová Mota, Lia Gomes, Marcos Sobreira, Osmar Baquit,Romeu Aldigueri e Sérgio Aguiar. Caso tal decisão seja mantida, os pedetistas com mandato ficam liberados a deixar os quadros do partido sem a perda de seus cargos.