Deputado demonstra preocupação com candidatos “influencers” e cobra regulamentação das redes sociais

Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (03), o deputado Renato Roseno (PSOL) demonstrou preocupação com os chamados candidatos “influencers”, que têm foco na criação de conteúdo para as mídias digitais. O parlamentar também citou o crescimento da extrema-direita no mundo e defendeu a regulamentação das redes sociais.

Segundo ele, essas plataformas têm sido utilizadas por políticos que se apresentam como “antisistema” e salvadores da pátria, mas que, na verdade, disseminam ódio e fake news.  “Em São Paulo, um influenciador, com um extenso histórico criminal envolvendo golpes, fraudes e furto qualificado, está competindo nas eleições devido à sua habilidade de comunicação nas redes sociais, mesmo espalhando calúnias, fake news e sarcasmo indiscriminado, ao ponto de quase ir às vias de fato em um dos debates”, afirmou.

Conforme lembrou,  as redes sociais têm transformado a política, tornando os processos eleitorais, em muitos casos, “patéticos”. “Você vê uma verdadeira transformação de candidatos que, em vez de participarem de debates mais sóbrios e substantivos, mesmo que duros, se tornam personagens criados para atender aos cortes das redes sociais”.

Plataformas

Para ele, muitos desses influenciadores não têm experiência ou trajetória política significativa, mas, devido à sua capacidade comunicacional, conseguem exercer influência e atrair seguidores. Roseno disse se preocupar  com as plataformas de redes sociais que se recusam a aceitar qualquer tipo de regulamentação.

Ele criticou aqueles que se opõem a essa regulação, pois utilizam a falta de controle para cometer crimes e até mesmo conquistar mandatos.  “Se as empresas de saúde e as companhias aéreas são regulamentadas, por que essas plataformas não podem ser? Devemos exigir que elas cumpram as leis, como ter um representante no Brasil para responder pelos seus delitos”, questionou, citando o caso da empresa X, que foi bloqueada no Brasil pelo STF por não cumprir decisões judiciais.

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