De volta à Assembleia Legislativa do Ceará, o deputado Heitor Férer (União) deve focar seus primeiros pronunciamentos na tribuna da Casa na área da Saúde, principalmente, apontando falhas do Governo. Nesse primeiro momento, ele demonstra preocupação com a gestão de hospitais pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar, o ISGH, que segundo o opositor atua como uma verdadeira secretaria dentro da Secretaria de Saúde, a Sesa.
Segundo ele, somente com o Hospital Universitário da Uece, a Organização Social terá contrato de R$ 19 milhões. “Praticamente temos uma secretaria dentro da outra”, apontou ele, ressaltando que o ISGH também administra o Hospital Leonardo Da Vinci, o Regional do Cariri, Regional de Sobral, o Waldemar de Alcântara e o Regional de Quixadá.
“É uma secretaria dentro da outra. É como se estivéssemos privatizando a saúde do Ceará”, afirmou ele, destacando que pessoas que passaram no concurso público da Funsaude, em 2021, não são chamadas.Ele destacou que são mais de 6 mil servidores estatutários que não serão chamados pela OS, que vai contratar apenas funcionários celetistas.
“Vão ficar de fora os 6015 servidores que passaram no concurso público, que teve mais de 115 mil inscritos?”, questionou. “Vou reagir a isso. Isso é um absurdo, o gerenciamento por essa instituição, deixando de lado as funções próprias da Secretaria, que tem que gerenciar os hospitais públicos do Ceará, e não transferir para a iniciativa privada”, pontuou.
As sessões ordinárias da Assembleia Legislativa do Ceará serão retomadas nesta terça-feira (04), quando base governista e bancada de oposição devem repercutir os anúncios feitos pelo governador Elmano de Freitas durante a leitura da mensagem governamental realizada na segunda-feira (03). Heitor Férrer retornou para a Casa com o intuito de fortalecer o coro dos oposicionistas.
