Primeiros atritos são sentidos entre base e oposição ao Governo Evandro Leitão

Seja na tribuna ou através das redes sociais, os primeiros atritos entre vereadores da base governista de Evandro Leitão e de oposição já foram sentidos no primeiro dia de trabalhos na Câmara Municipal de Fortaleza. Enquanto os aliados enalteceram mensagem do Governo versando sobre o reajuste de 6,27% para os professores da rede pública, os oposicionistas apontaram que a gestão não fez mais do que sua obrigação, sob pena de ter ação ajuizada contra o Executivo.

Já no início dos trabalhos do dia, o líder do Governo, o vereador Bruno Mesquita (PSD) destacou que a segunda mensagem encaminhada pela gestão versava, justamente, sobre o aumento do salário dos profissionais da Educação, salientando que a matéria, em regime de urgência, seria votada para já garantir que o valor seja repassado para o próximo pagamento efetuado.

O bolsonarista Jorge Pinheiro (PSDB), por sua vez, subiu à tribuna para dizer que o prefeito Evandro Leitão não estava fazendo “mais do que sua obrigação”, visto que o reajuste é obrigatório, e que se não o fizesse seria cobrado judicialmente pela categoria. Ele apontou, porém, que existem outras pautas da categoria que ainda não foram atendidas pelo Governo, e que essas, sim, deveriam estar na pauta, como algumas garantias para os professores e a carteira assinada aos substitutos.

Chamou a atenção também do vereador Adail Júnior (PDT), vice-presidente da Casa Legislativa, que além de enaltecer o projeto encaminhado por Evandro, lembrou que durante as gestões de Roberto Cláudio (PDT) e Sarto (PDT), ou seja, nos últimos 12 anos não houve uma greve sequer da categoria, visto que os prefeitos atenderam a, praticamente, todas as demandas apresentadas.

Adail apoiou Evandro Leitão no segundo turno da campanha eleitoral do ano passado, mas esteve fiel a Sarto até onde pôde. Ele também participou dos dois mandatos do ex-prefeito Roberto Cláudio, e mantém boa relação com ambos.

Outra discussão foi levada às redes sociais, dessa vez iniciada pelo vereador Gabriel Biologia (PSOL). O parlamentar criticou que vereadores bolsonaristas teriam votado contra um requerimento de sua autoria, versando sobre uma solenidade em alusão ao Coletivo de Médicos denominado de Rebento. “Os bolsonaristas aqui da  Casa, aqueles mesmos que atrapalharam a gestão da pandemia, que lutaram contra a vacina, eles votaram contra meu requerimento. A gente fica impressionado com o nível que chega o ódio ao SUS e à ciência”.

Aliado

Em poucos minutos, a vereadora bolsonarista Bella Carmelo (PL) disse que votou contra o requerimento, pois segundo ela o coletivo é formado por pessoas “abortistas”. Ela ainda disse não ter nada contra o SUS, ciência ou medicina, mas se disse “a favor da vida”. “É até incoerente pessoas que juraram proteger a vida humana apoiarem o assassinato de inocentes”.

Aliado do ex-prefeito Sarto, o vereador PPCell (PDT) anunciou que fará oposição ao Governo Evandro Leitão. Defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar afirmou que fará uma oposição ao Governo do PT de forma “séria, legítima, coerente, e, acima de tudo, uma oposição propositiva, propondo melhorias e benfeitorias para o povo de Fortaleza”.

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