
O deputado Carmelo Neto, presidente estadual do Partido Liberal (PL) no Ceará, fez uso na tribuna da Assembleia Legislativa de uma máxima que foi utilizada exaustivamente por petistas durante o processo que resultou na prisão do presidente Lula no âmbito da lava-jato. Em discurso realizado no parlamento cearense, o bolsonarista afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem que estar nas pesquisas de intenção de votos, e participar da disputa eleitoral, pos na visão do parlamentar “eleição sem Bolsonaro é golpe”.
Talvez o bolsonarista esteja adotando uma estratégia semelhante àquela utilizada por aliados do presidente Lula, e dessa forma imputar aos lulistas a pecha de “hipócritas”. Acontece que as motivações para investigações dos casos em questão são totalmente distintas. Lula chegou a ser preso e passou mais de 500 anos detido. Bolsonaro, por sua vez, aguarda uma decisão da Justiça sobre seu caso.
Inelegível o ex-presidente já está, inclusive, buscando de toda maneira mudar essa situação para, assim, tentar se colocar como eventual candidato ao pleito de 2026. Em pronunciamento, Carmelo Neto ironizou resultado de pesquisa divulgada pelo instituto Genial/Quaest, que aponta o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na liderança das intenções de voto para a eleição presidencial de 2026.
De acordo com o levantamento, as intenções de voto no atual presidente variam entre 28% e 33%, a depender dos adversários. No cenário mais disputado, figura na segunda colocação o cantor sertanejo Gusttavo Lima. “O PT está comemorando o fato de Lula aparecer em pesquisa com o dobro de votos do cantor Gusttavo Lima, em um cenário sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro”.
Segundo ele, em outro levantamento, realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, Jair Bolsonaro supera Lula no cenário para as eleições presidenciais de 2026. “Essa sim, é uma pesquisa verdadeira, porque eleição sem Bolsonaro é golpe. Não é democrática, atenta contra a democracia”, pontuou o deputado, fazendo referência à condenação do ex-presidente Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o deixou inelegível por oito anos.