
O tema da Segurança Pública segue sendo o principal motivador de embates entre deputados da base governista e de oposição. A cada caso envolvendo violência, os oposicionistas levam o tema à tribuna, o que requer uma resposta à altura por parte dos aliados do Governo do Estado.
Na manhã desta terça-feira (11) não foi diferente, visto que o deputado Sargento Reginauro (União) levou o assunto à tribuna, após caso de homicídio que vitimou um adulto e uma criança em Fortaleza. “Kaleb voltava da escola, acompanhado do pai, quando foi atingido por tiros. Um garoto de apenas 11 anos, que sonhava com um futuro melhor, perdeu a vida em uma tentativa de chacina. Dois mortos adultos e o Kaleb, um inocente”.
O deputado ressaltou a gravidade da violência e o impacto sobre a população. “Toda guerra tem efeito colateral, e estamos vendo crianças, idosos e policiais morrendo. Não podemos minimizar os números de homicídios no Ceará, pensando que só está morrendo criminoso”, acrescentou.
O parlamentar também questionou a passividade diante da violência. “Vamos normalizar isso? Conseguimos nos livrar da Covid e agora estamos presos dentro de casa, com nossas famílias. Porque do lado de fora, estamos vivendo um bang bang. Teve tiroteio em Sobral, morte em Juazeiro, Maracanaú, com os maiores índices de criminalidade da história. Vamos ficar simplesmente assistindo?”, cobrou.
Em resposta, o líder do Governo na Casa, Guilherme Sampaio (PT) destacou o esforço do governador Elmano de Freitas no sentido de fortalecer as políticas de segurança pública no Estado. Segundo alertou, o chefe eo Executivo tem adotado posição de “combater implacavelmente a ação do crime organizado no Ceará”. Ele efendeu que haja a união de esforços de deputados, autoridades e sociedade no combate à violência no Estado.
O parlamentar ressaltou que as forças de segurança do Estado já capturaram quatro envolvidos na tentativa de chacina que deixou três pessoas mortas, na segunda-feira (10), no bairro Parque Dois Irmãos, em Fortaleza. “A operação continua até que todos os envolvidos nesse episódio paguem o que é devido no rigor da lei”.
De acordo com ele, o combate à violência passa por um profundo debate sobre políticas de segurança que se baseiem na defesa da força do estado democrático de direito. “Não se combate a violência e o crime com um discurso fácil. Não se combate a violência com a organização de motins. Estamos aqui para fortalecer uma política de segurança de promoção da paz, o que não é um desafio fácil diante da complexidade de um problema social grave que tem progredido a cada dia”.