O crescimento do PIB do Ceará em 6,49% gerou embate entre a base governista e a bancada de oposição na Assembleia Legislativa. Enquanto os aliados do Governo Elmano de Freitas enalteceram o que chamaram de “Pibão”, oposicionistas lamentaram que isso não seja evidenciado em mais distribuição de renda, o que gerou mais discussão.
O tema foi levado primeiramente à tribuna pelo deputado De Assis Diniz (PT), que alfinetou a oposição ao repercutir o PIB alcançado pelo Ceará em 2024, divulgado ontem pelo governador Elmano de Freitas em suas redes sociais. “Não é somente um PIB, 6,49% é um PIBão, quase o dobro do valor nacional, de 3,4%, que já foi extraordinário. Isso com responsabilidade fiscal, com as contas públicas mostrando uma grande capacidade de investimento”,disse.
Segundo ele, em 2024 houve o maior investimento nominal da história do Estado, com R$ 3,9 bilhões. “Isso é obra, é estrada, é escola, é hospital, é geração de emprego e distribuição de renda. Enquanto a oposição tenta criticar, o governo não para, não para, não para de trabalhar”, afirmou.
Cláudio Pinho (PDT), aparentemente, não concordou com o colega, e lembrou de frase célebre da economista Maria da Conceição Tavares, que certa vez disse que “ninguém come PIB”. “Portanto, ninguém come Pibão. O PIB tem que chegar em forma de melhorar a renda das pessoas. E o Estado do Ceará é a segunda pior renda per capta do Brasil, Do que adianta ter PIB sem ter distribuição de renda?”, questionou o pedetista.
Segundo ele, o Ceará talvez tenha uma das maiores concentrações de renda do País. “O dinheiro entra e a população fica assistindo. Eu pergunto à população cearense, sua vida melhorou?”, questionou. Para ele, apesar do crescimento do PIB, a situação social da população não melhorou.
Ele também questionou a ausência do debate sobre o Hidrogênio Verde, outrora tema recorrente nos pronunciamentos do Governo e de aliados da gestão. “Foi falado de Complexo para o desenvolvimento no Horizonte. Até parece que as empresas já estão funcionando. Já esqueceram o Hidrogênio Verde? Quantos empregos o Hidrogênio Verde gerou no Ceará? Eu quero é que a Educação melhore, que as pessoas tenham o que comer. É isso o que a população quer”.
PIB
As falas de Pinho geraram resposta por parte de Guilherme Bismarck (PSB). Segundo o pessebista, o aumento do PIB está diretamente ligado a maior rendimento da produção, mais receita para o Estado, que se transforma em programas sociais, emprego e crescimento da empresas, que melhoram os salários das pessoas, resultando, dentre outras coisas, na copra de mais alimentos e melhoria da vida das pessoas.
“Esse discurso politico para falar de meias verdades. O PIB reflete mais geração de renda, empresas investindo mais. Qual empresa não quer vir a um estado que está em pleno crescimento? !ue cresce mais de 6%? O Estado quando tem um PIB grande, tem receita melhor e faz mais investimentos. Tivemos recorde de investimento nominal, Isso significa investimento em estrada, na empresa, mais salário e mais compra de alimento para a família. É muito fácil fazer discurso populista”, disse.
