Após cobrança da oposição, líder do prefeito Evandro garante normalidade na entrega de remédios

A falta de remédios nos postos de saúde de Fortaleza voltou a ser tema de críticas na sessão ordinária desta terça-feira (08), na Câmara Municipal. O vereador Jorge Pinheiro (PSDB) lamentou que a aquisição dos produtos tenha ficado em segundo lugar nos planos da gestão, que priorizou a realização de festas.

Diante das reclamações do opositor, o líder do Governo, o vereador Bruno Mesquita (PSD) afirmou que os medicamentos já foram adquiridos pela Prefeitura de Fortaleza e estariam sendo redistribuídos para toda a rede municipal de saúde. Até o fim do mês, segundo disse, todos os equipamentos de saúde estarão com a situação normalizada.

O parlamentar voltou a culpar a gestão Sarto pela falta de remédios nos postos de saúde, destacando que isso ocorreu pela falta de repasses feitos pela antiga administração junto aos fornecedores. Ainda de acordo com ele, tais empresas não fornecem insumos apenas para Fortaleza, mas para todos os municípios brasileiros.

“Em novembro do ano passado o planejamento não foi feito. No IJF sofremos isso já na gestão passada. A indústria farmacêutica dá férias coletivas a seus funcionários em dezembro e janeiro, e Fortaleza encontrava-se com R$ 30 milhões em dívidas”, justificou.

Mesquita não negou a falta de ao menos 60 medicamentos no mês de março, afirmando, ainda, que de 137 insumos, ao menos 77 ficaram em falta neste período. Segundo ele, ao menos o remédio Dipirona já está disponível em todos os 130 postos de saúde da rede municipal. “Até o fim de abril a gente espera sanar tudo”, destacou.

Adail Júnior (PDT) também defendeu a gestão e criticou seus pares que tentam fazer correlação entre a falta de medicação nos postos de saúde com eventos festivos promovidos pelo Governo Municipal, como Carnaval e festa de aniversário de Fortaleza. Segundo ele, Fortaleza só chegou a ser uma das capitais mais procuradas para turismo e PIB número um do Nordeste devido a esses tipos de eventos.

Em resposta, Pinheiro agradeceu as colocações de Bruno Mesquita, mas lamentou as falas de Adail Júnior. Segundo o opositor, ele não é contra as festas, até porque elas geram dividendos para a cidade. No entanto, ele destacou a necessidade de se pensar mais nos problemas reais da população.

“Não adianta dizer que a culpa é do Sarto. Já estamos chegando nos 100 dias e a gente se pergunta por que não se investir na saúde? Precisamos priorizar a saúde e a educação de Fortaleza”, defendeu.

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