Dragão do Mar celebra os 299 anos de Fortaleza com programação gratuita

Em celebração aos 299 anos de Fortaleza, comemorados em 13 de abril, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura integra as festividades com uma programação que destaca as raízes, memórias e manifestações culturais da capital cearense. Com atividades gratuitas e exposições que resgatam histórias e saberes locais, o Dragão reafirma seu papel como espaço de preservação e celebração da identidade fortalezense.

No sábado (12), às 16h, a Varanda dos Museus recebe a atividade “Maracatu em movimento: corpo, som e história”, um encontro que propõe um mergulho na tradição do maracatu, manifestação cultural que é patrimônio imaterial de Fortaleza e símbolo da resistência e ancestralidade negra. Com condução de Gil Rodriguês e Érica Vieira, o momento reúne conversa e vivência prática, proporcionando aos participantes a oportunidade de conhecer a história dos maracatus na cidade e experimentar os passos e ritmos dessa arte popular. A atividade, promovida pelo Museu da Cultura Cearense, tem vagas limitadas e as inscrições podem ser feitas neste link.

Em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Ceará” (MAC-CE), a exposição “O que tem em cima do Morro?” oferece um olhar sensível e potente sobre o bairro Arraial Moura Brasil. A mostra reúne objetos, fotos e vídeos que formam uma “coleção de patrimônios” organizados pelo Núcleo de Patrimônio Cultural do Moura Brasil (NUPAC), com curadoria de Débora Soares e Ismael Gutemberg. A partir de relatos dos próprios moradores, o público é convidado a conhecer formas de vida, invenção e resistência vividas nesse território central da cidade.

A mostra destaca figuras emblemáticas como Paulinho da Hora, neto da guardiã do antigo chafariz do bairro, Francisca da Hora, e a parteira dona Anita, que realizou mais de 2.500 partos no Moura Brasil. A exposição evidencia a força da museologia social como ferramenta de valorização da memória coletiva de Fortaleza.

O MAC-CE também apresenta a mostra “O papel do papel”, primeira exposição individual do artista Samuel Tomé, que explora a materialidade do papel e suas múltiplas possibilidades na arte. Entre colagens, desenhos e intervenções gráficas, algumas obras dialogam diretamente com a cidade, como os mapas que reinventam o espaço urbano de Fortaleza, estabelecendo conexões entre arte, território e vivência cotidiana.

As exposições no MAC-CE têm acesso gratuito, com visitação de quarta a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, sempre com último acesso até as 17h30.

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