Felipe Mota cobra solução para caso de prefeito foragido há cinco meses

O deputado Felipe Mota (União) criticou a demora para solução do caso envolvendo o prefeito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), foragido há cinco meses por envolvimento com organização criminosa. Segundo o parlamentar, a impunidade tem tomado conta do mundo político e lideranças partidárias não têm se movimentado para mudar a situação.

“A impunidade no mundo político está fazendo com que prefeitos continuem desaparecidos há cinco meses. Temos roubo do INSS dos aposentados. Como pode 87% das pessoas roubadas serem aposentadas rurais? Pessoas que sequer sabem ir aos caixas eletrônicos? É por essa impunidade que quero falar”, disse ele.

O parlamentar lembrou que há dois anos, ele, juntamente com os deputados Sargento Reginauro e Evandro Leitão, enviaram à Polícia Federal questionamentos sobre quem seriam o prefeito e o deputado estadual envolvidos com o crime organizado no Ceará. Segundo ele, à época a Polícia Federal disse que estava em avaliação, mas até o momento não houve resposta.

“Mais uma vez estamos vendo no Ceará essa impunidade acontecendo. Tivemos a coragem de cortar na carne e perguntar quem era o deputado. Como eu posso acusar um traficante, se o mundo político está dando um mal exemplo, quando não se encontra o prefeito? O partido não deu uma resposta aos filiados. Como vocês ficam nesse partido que não dá uma resposta aos seus filiados?”, questionou.

Segundo ele, quando escândalos no meio político não são resolvidos, toda a classe política sai desmoralizada.No campo da segurança pública, ele destacou que políticos podem ser as próximas vítimas e defendeu a instalação de detector de metal nas entradas da Assembleia. “Não vamos dar moleza ao crime. Não podemos ficar a mercê do crime. Vamos aumentar a nossa segurança, do servidor”.

“Se eu tivesse chegado aqui através do crime, eu não teria moral para chegar aqui gritando e cobrando. Trataram as favelas como coitados. Eram para ser tratados com políticas públicas. O crime foi lá e cooptou. O crime não compensa. A sociedade precisa estar atenta. Eu quero abrir a mente da sociedade, dos presidentes de partidos que não agem de forma correta”, disse.

O deputado Sargento Reginauro (União) afirmou que o desaparecimento do prefeito por cinco meses demonstra que ele é culpado dos crimes que é acusado. Ele também questiono se o gestor eleito virou “queima de arquivo”. “A gente precisa saber o que está acontecendo. Os crimes que aconteceram no meio político, com vereador assassinado, não se tem notícia da motivação real. Hoje está fazendo um ano da execução de um suplente de vereador do PL e não se sabe das investigações. Quem matou Erasmo? Qual a dificuldade de dar respostas? É estranho que para alguns casos a Polícia consegue dar respostas,e para outros nós ficamos sem dar solução”.

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