As famigeradas catracas duplas e a falta de ar-condicionado nos ônibus de Fortaleza contribuíram para uma ideia até então impensada: a união do petista Guilherme Sampaio (PT) e da bolsonarista (PL) Dra. Silvana na construção de um projeto que garanta benefícios para o usuário de transporte público no Estado. Os dois criticaram a situação pela qual passam milhares de usuários dos veículos que prestam o serviço na Capital cearense.
Guilherme Sampaio, por exemplo, destacou que a Etufor contratou empresa para avaliar se vai tirar ou não as catracas. Ele reclamou do tempo e do gasto de recursos públicos com algo que, em sua avaliação, está claro que deveria ser retirado. “Para pessoas com menor estatura, obesas, com criança de colo, essas catracas criam um enorme constrangimento. Precis de 45 dias para fazer estudo para avaliar se tira essas catracas que são absurdas? Qualquer pessoa que pegar um ônibus vai perceber a inadequação”, apontou.
Ele também cobrou a promessa feita pelo prefeito Sarto de que todos os coletivos teriam ar-condicionado em Fortaleza. De acordo com o que foi prometido pelo chefe do Poder Executivo, isso deve acontecer até agosto próximo. No entanto, nas ruas é possível verificar uma quantidade considerável de ônibus sem uso do equipamento.
Dra. Silvana também demonstrou indignação com a situação do transporte público em Fortaleza e propôs a Guilherme Sampaio que uma proposta de Lei seja criada para evitar o uso das catracas duplas e a obrigação de instalação de ar-condicionado nos transportes público. Ela também sugeriu que os deputados façam uma representação junto ao Ministério Público.
“Isso é humilhante. As crianças ficam sujinhas, às vezes têm que passar por debaixo, correndo o risco de acidente. É um abuso e devemos construir leis para impedir uma humilhação dessa. Inclusive, as pessoas deficientes têm dificuldades para subir nos ônibus. E olha que empresa de ônibus tem benefícios demais”, disse.
“Vossa excelência usou a palavra certa. É humilhante a manutenção dessas catracas nos coletivos de Fortaleza, forçando as pessoas a colocarem meninos por cima, jogar mochila, passar por baixo. Temos que tomar juntos a iniciativa legislativa para preservar a dignidade dos usuários”, apontou Guilherme.