A oposição na Assembleia Legislativa do Ceará espera que a discussão inicial neste segundo semestre tenha como foco principal o convite ao secretário de Obras Públicas, Francisco Quintino Vieira Neto, para que ele esclareça denúncias que foram feitas pelo ex-ministro Ciro Gomes. De acordo com o deputado Sargento Reginauro (UB), há um compromisso por parte da presidência da Casa Legislativa de que seu requerimento seja aprovado já nos primeiros dias de sessões plenárias.
“A discussão para o segundo semestre deve iniciar pelo convite ao Secretário de Obras, para que tenhamos respostas sobre as acusações feitas pelo Ciro, bem como a provocação do Ministério Público à mesma”, disse o parlamentar.
Segundo ele, os requerimentos feitos devem ser colocados na primeira semana de retorno dos trabalhos, conforme promessa feita pelo presidente da Mesa Diretora, o deputado Evandro Leitão. Conforme informou, as denúncias feitas por Ciro Gomes diziam respeito a forma política que a SOP teria sido utilizada, assim como uma espécie de “assédio” feito a empresários.
“Ele disse que tinha provas e queremos saber o lado da Secretaria”, afirmou Sargento Reginauro. O parlamentar também apresentou um requerimento convidando Ciro Gomes para que ele esclareça sobre suas declarações.
Ciro Gomes também fez denúncias contra o senador licenciado e ministro da Educação, Camilo Santana, de que ele teria vistado desembargadores para “tentar forçar votos de desembargadores”. Segundo Reginauro, as denúncias foram graves e precisam de respostas. “Estamos com requerimento para que o Ciro possa esclarecer o que está por trás dessas suas declarações”.
Investigação
No ano passado, em pleno período eleitoral, a Superintendência de Obras Públicas foi alvo de um mandado de busca e apreensão de documentos referentes aos contratos e convênios do estado com os municípios cearenses.
A ação da Polícia Federal foi feita a pedido do Tribunal Regional do Ceará (TRE-CE) no âmbito da investigação que apurou suposto favorecimento de prefeituras aliadas à candidatura de Elmano de Freitas, então postulante ao Executivo cearense. A investigação foi aberta após uma ação do PDT, cujo candidato era Roberto Cláudio.