O corte da nota de crédito dos Estados Unidos pela Fitch foi recebido com estranheza por alguns economistas. É o caso de Paul Krugman, vencedor do Nobel de Economia em 2008, e Larry Summers, ex-secretário do Tesouro norte-americano, que classificaram o rebaixamento de “bizarro”.
Summers reconheceu os desafios no horizonte da política fiscal americana. “Mas a decisão de uma agência de classificação de crédito hoje [ontem], quando a economia parece mais forte do que o esperado, de rebaixar os Estados Unidos é bizarra e inepta”, escreveu em publicação no Twitter.
Krugman, por sua vez, também não minimiza as questões fiscais, diante de grupos políticos que impedem medidas de corte de gastos e aumento de impostos. No entanto, o economista questiona se esses problemas, de fato, pioraram no último ano. “Seria um tanto interessante saber como Fitch chegou a essa estranha decisão”, ressalta.
Para Krugman, as perspectivas econômicas dos EUA melhoraram tanto no curto quanto no longo prazo, com menor risco de recessão à frente.
Ele também põe em xeque a capacidade de agências de classificação de risco de estabelecer a verdadeira capacidade de crédito soberano de um país. “Vocês se lembram de quando a S&P rebaixou os EUA em 2011? Nem eu”, pontua.