Ainda no que diz respeito à Saúde Pública do Ceará, o deputado Cláudio Pinho (PDT) denunciou que o Governo do Estado não estaria entregando leite especial para crianças carentes com intolerância à lactose.
De acordo com ele, o Município de Fortaleza, através da Programação Pactuada e Integrada (PPI), teria um desconto de R$ 44 mil no repasse da Assistência Ambulatorial de Médio e Alto Custo/ Complexidade (MAC), para bancar parte do leite alimentar para crianças com intolerância à lactose. “Esse leite é de fundamental importância para a vida das crianças. E é com esse intuito que cobramos que o Governo do Estado resolva essa problemática. Esse leite salva vidas”, alertou.
De acordo com ele, um total de 932 crianças recebiam o leite no Centro de Saúde Meireles, em 2022, mas há uma retenção e atualmente são 355, que não estariam recebendo o alimento. “Como ano passado eram 900 e hoje baixou para 300? Como está a situação dessas famílias? Fortaleza está pagando e não está recebendo. Já foi distribuído no Interior, em mutirões, mas a Capital não recebeu”, disse.
Ele apontou, ainda, que no fim de julho aconteceu uma reunião entre técnicos da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) e da Secretaria Municipal de Fortaleza (SMS) para planejar um mutirão de entrega do leite, conforme recomendação do Ministério Público. “Ficaram acordadas as datas de 18 e 19 de agosto. Mas a SMS foi surpreendida com o cancelamento, sem justificativa, por parte da Sesa”, relatou.
Dra. Silvana (PL) sugeriu uma campanha de conscientização ao aleitamento materno, sobre a intolerância à lactose e sobre a instrução para as mães que estejam amamentando. “A alimentação da mãe também precisa ser pensada e isso precisa ser inserido nessa campanha”, apontou.
Em resposta às críticas feitas, o deputado Guilherme Sampaio (PT) afirmou que o programa do Governo do Estado atende crianças de zero a três anos de idade com suspeita ou diagnóstico de alergia alimentar. “É referência no País e não tem outro equiparado ao programa cearense”, defendeu.