Fortaleza registra 10 anos sem picos epidêmicos de dengue e celebra formação de agentes de saúde

Nos últimos 10 anos (2013-2023), Fortaleza não registrou processos epidêmicos de dengue. Essa importante conquista para a cidade foi anunciada na manhã desta terça-feira (29/08), durante a cerimônia de conclusão do curso técnico para 2.201 Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. O curso é o maior programa de formação técnica na área de saúde em todo o País.

“É uma uma década sem pico de dengue, uma doença que acontece, sobretudo, durante a quadra chuvosa. Se estamos esse tempo todo sem esse pico, isso se deve ao trabalho contínuo dos agentes de saúde e agentes de endemia. Hoje, são mais de dois mil profissionais que se qualificam, por meio de uma parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ministério da Saúde (MS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Consems). Além disso, os agentes realizam mais de um milhão de visitas domiciliares por ano, tratando não só das endemias, mas orientando sobre doenças como diabetes e hipertensão”, declarou o prefeito Sarto.

O curso técnico em Agente Comunitário de Saúde e técnico em Vigilância em Saúde com Ênfase no Combate às Endemias teve duração de 10 meses. Fortaleza foi o terceiro município no País com mais agentes realizando a formação técnica, que visa melhorar os indicadores de saúde municipais, a qualidade e a resolutividade dos serviços da Atenção Primária.

“Esse curso significa uma melhoria na qualidade de atendimento, uma maior profissionalização para os profissionais da saúde básica. Os agentes cumpriram com um curso técnico extremamente bem avaliado e, no sentido prático, a população será muito beneficiada”, destacou Galeno Taumaturgo, titular da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

A formação também reforça a valorização dos Agentes, que desempenham papel de grande importância como educadores para a cidadania na saúde, com atuação na prevenção e no cuidado das pessoas, para que esses profissionais tenham um olhar atencioso sobre informações coletadas nas residências assistidas e saibam orientar, de forma mais precisa, os pacientes que necessitam de atendimento.

Os profissionais puderam aprofundar temas como educação popular em saúde, noções de epidemiologia, monitoramento e avaliação de indicadores, abordagem familiar nos territórios, doenças emergentes e reemergentes na realidade brasileira, imunização, vigilância e controle de zoonoses, arboviroses, e combate a animais peçonhentos, noções de primeiros socorros, entre outros.

Nágila Sousa é agente comunitária há 15 anos e comentou que o curso é um complemento significativo a sua carreira. “Foi um grande aprendizado, um divisor de águas, e, com certeza, vou usar todo esse conhecimento no dia a dia para melhor atender a população”. Emerson Magalhães, agente de endemias, também ficou emocionado com a colação. “Foi um curso de excelência, os agentes e toda Fortaleza merecem essa melhora na saúde. Foi um curso muito puxado, mas a gente trabalhou duro para fazê-lo e qualificar os atendimentos”.

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