“CPI da Enel” inicia trabalhos de investigação e pretende interiorizar as ações do colegiado

Presidente do colegiado, Fernando Santana apresentou cronograma do colegiado para os próximos dias. Foto: ALCE

Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as atividades da Enel no Ceará, o deputado Fernando Santana (PT) afirmou que o colegiado dará início aos trabalhos de investigação e interiorização das ações do grupo para acolher demandas da população cearense. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (31) ele voltou a enfatizar uma série de problemas verificados na gestão da empresa no Estado e apontou medidas que serão tomadas nos próximos meses.

Questionado sobre a demora para reunião dos membros da comissão, o petista ressaltou que a CPI tem trabalhado diariamente, apesar de seus membros não se reunirem com frequência. Segundo ele, o colegiado dará início às atividades de investigação, ouvindo entes públicos e privados envolvendo a Enel. Afirmou ainda que a Casa Legislativa criará canais de diálogo entre o grupo e a população, através dos meios de comunicação da Assembleia.

Em sua primeira reunião deliberativa, ocorrida na tarde de quarta-feira (30), o colegiado aprovou a convocação do presidente da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), Hélio Winston Leitão, e dos membros do Conselho Diretor do órgão para participar da próxima reunião da CPI, marcada para o dia 13 de setembro, às 15h, no Complexo de Comissões Técnicas da Assembleia.

Santana informou que denúncias têm sido feitas pela população e cada caso já vem sendo investigado para sanar dúvidas dos cidadãos. Ele voltou a dizer que, apesar dos milhões recebidos por ano, a Enel segue prestando “um serviço de péssima qualidade com preços injustos”.

Segundo ele, os trabalhos da CPI devem ser interiorizados para ouvir a população de todo o Ceará. “Queremos levar a CPI para os municípios cearenses, para o interior do Estado. O objetivo é ouvir o povo em primeira mão”. Santana lembrou que a empresa queria vender seus ativos para a empresa Equatorial, que também é alvo de inquérito no Piauí.

“Não queremos outra empresa para fazer o mesmo que a Enel está fazendo. Aqui temos um Parlamento que vai cobrar o preço justo e um bom serviço para o povo”, disse. O tema é um dos poucos que une base governista e bancada de oposição e não foi diferente na plenária desta quinta-feira, onde diversos parlamentares se posicionaram contra os serviços prestados empresa no Ceará.

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