Em busca de se firmar como principal liderança de oposição no Estado, o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio apontou o que chamou de “contradição” da gestão Elmano de Freitas, que segundo ele “tomou dinheiro emprestado da Previdência do servidor” para pagar despesas correntes deste ano. De acordo com o pedetista, a credibilidade da situação financeira do Ceará é que está em jogo.
Ele alertou que um decreto publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 31 de agosto confirmaria a preocupação de muitos analistas de contas públicas e economia. “A situação financeira do Governo do Estado definitivamente não vai bem. O Governo está tomando dinheiro emprestado da Previdência do servidor, deixando de aportar dinheiro que vai ser a garantia futura da Previdência, para pagar despesas correntes deste ano”, disse.
“Se por um lado isso é grave, porque mexe com o servidor, e principalmente troca a certeza do futuro pela dúvida do presente. O Governo tem reagido de forma equivocada a essa crise financeira. Essa é a , se é a comprovação de que as contas não vão bem, por que o Estado já criou 11 novas secretarias, sete novas assessorias com status de secretaria, com muitos cargos de livre nomeação política, aumentando despesas naquilo que não é verdadeiramente que é a prioridade do povo, que é combate às facções, o aumento no atendimento de saúde, educação, obras viárias”, alertou.
Segundo disse, é importante que as pessoas fiquem alertas diante a situação, visto que, em sua análise, “é a credibilidade da situação financeira do Estado do Ceará presente e futura que vai garantir a atração de novos investimentos, de novos empregos, de honrar compromisso com o servidor e os credores”. “Essa estabilidade fiscal vai fazer com que sejamos capazes de responder as verdadeiras e reais expectativas e reais necessidades do povo”.
“Secretarias novas”
Assim como no caso da gasolina mais cara do Nordeste, Capitão Wagner (UB) fez uma espécie de “dobradinha” com Roberto Cláudio. Também nas redes sociais, o dirigente político denominou o decreto do Governo do Estado como “muito grave”. “Por que o Governo precisa do dinheiro dos aposentados para honrar suas contas? Não bastam os empréstimos feitos durante o ano? Não são só os aposentados que devem ficar preocupados. Todos devem se questionar: se estar faltando dinheiro, porque criaram tantas secretarias novas?”, questionou.