A deputada federal Luizianne Lins lançou, oficialmente, seu nome como pré-candidata à prefeita de Fortaleza para o pleito de 2024. Alguns gestores do Governo Elmano de Freitas acompanharam a postulante em evento que foi realizado na sede estadual do Partido dos Trabalhadores (PT), na noite de sexta-feira (15).
O presidente estadual do PT, Antônio Filho, o “Conin”, também esteve presente ao encontro, assim como o articulador político do Governo do Estado, Waldemir Catanho, o superintendente do IBAMA no Ceará, Deodato Ramalho, a secretária executiva das Mulheres e vice-pres do PT Fortaleza, Liliane Araújo, e o deputado estadual Missias do MST.
“Óbvio que vou colocar meu nome para o povo de Fortaleza, com muito orgulho. Vamos governar Fortaleza novamente. A vitória é nossa”, disse a pretensa candidata. O público presente entoou um coro que fez alusão à candidatura do presidente Lula em 2022: “agora o L é de Luizianne”, disseram.
Além de Luizianne Lins, também se colocaram como interessados na disputa em Fortaleza os deputados estaduais Larissa Gaspar (PT) e Guilherme Sampaio (PT), este presidente do PT na Capital cearense. A dupla, que, por enquanto, tem interesse em ter o nome avaliado pela militância petista, não compareceu ao evento. Eles estiveram presentes no aniversário de 60 anos do secretário de Desenvolvimento Agrário Moisés Braz (PT), que ocorreu no mesmo horário.
Em seu pronunciamento, Luizianne demonstrou interesse em lutar por sua candidatura e mandou alguns recados para as outras lideranças do Partido dos Trabalhadores. Segundo ela, o PT não vai se tornar um partido de aluguel, em clara alusão a tentativa de alguns quadros da legenda de filiar, por exemplo, o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Evandro Leitão, que está em processo de desfiliação do PDT.
“Temos energia de quem quer transformar o mundo. Temos um partido que é instrumento de luta da classe trabalhadora. Não vamos deixar o PT ser partido de aluguel. Vamos sempre fazer desse partido não só um sigla de letrinhas. Esse partido é um instrumento da classe trabalhadora”, apontou.
Luizianne afirmou, ainda, que sua gestão como prefeita de Fortaleza, a partir de 2005, foi o “segundo ciclo da esquerda no Ceará”, visto que até então o protagonismo partidário no Estado era formado apenas por nomes do PSDB e PMDB. “Até 2005 eram o PSDB e o MDB que governavam, com o prefeito Juraci, o Lúcio (Alcântara). Nenhum desses aí eram do campo progressista. Fomos nós que começamos na linha de frente”, disse.
Ela lembrou que em 2016 o PT “estava muito sofrido”, visto o impeachment sofrido pela então presidente Dilma Rousseff, mas ainda assim ela foi “cumprir tarefa” no pleito eleitoral, onde ficou na terceira colocação. Em 2020, segundo afirmou, só foi para a disputa, mais uma vez, por um pedido do presidente Lula.
“Se a gente estivesse se submetido, não estaríamos nesse processo de disputa. Nosso companheiro Elmano sequer seria governador. Foi preciso a gente ter colocado os alicerces lá atrás”, disse ela, voltando a denunciar o que chamou de “uma megaoperação de corrupção” no pleito de 2012, quando Roberto Cláudio foi eleito prefeito de Fortaleza, no segundo turno das eleições.
“Agora, em 2024, o Lula presidente, o Elmano governador, vocês acham que o PT não tem que ter candidatura própria? Que eu não vou lançar minha pré-candidatura para o povo de Fortaleza? É óbvio que eu vou colocar o meu nome para o povo, com muito prazer e orgulho. E vamos eleger a maior bancada de vereadores que do PT que essa cidade já viu”, concluiu.