A decisão da Justiça sobre a permanência do diretório do Partido Democrático Trabalhista (PDT) repercutiu na Assembleia Legislativa, na manhã de quarta-feira (11). O deputado Osmar Baquit (PDT) comemorou o veredito dado e informou que está mantida a reunião da legenda na próxima terça-feira (16), quando o grupo majoritário pretende eleger o senador Cid Gomes como presidente da sigla pedetista.
Baquit é um dos principais defensores do nome de Cid Gomes na presidência do partido, pois segundo ele, o dirigente permite que haja democracia partidária na legenda. Ele também defendeu aliança oficial do PDT com a gestão do governador Elmano de Freitas, a exemplo do que o partido, em nível nacional, tem feito com o Governo do presidente Lula.
“Quero parabenizar a Justiça do Estado do Ceará, seja no campo da Justiça Comum ou da Justiça Eleitoral. O PDT, sob o comando do senador Cid Gomes, de maneira covarde e traiçoeira, foi apunhalado pela direção nacional do PDT quando estava na presidência interina do partido”, disse.
Segundo ele, sob o comando do Cid, o partido se reúne quinzenalmente a executiva e mensalmente o diretório. “De maneira sorrateira, covarde, na madrugada, alguém usou a senha do partido e, simplemente, invalidou o diretório do partido, que vai até o dia 31 de dezembro. Nós convocamos para o dia 16 de outubro, às 15 horas, na sede do partido, para eleger uma nova direção. Fizeram esse ato, esse golpe na madrugada”, lamentou.
Ainda de acordo, a Justiça acatou a ação do PDT cidista, que voltou a ter o status quo anterior e a presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também decidiu por fazer valer o diretório anterior e não mais a comissão provisória indicada pelo presidente estadual André Figueiredo (PDT).
“O PDT, em sua maioria, escolheu Roberto Cláudio para ser candidato a governador. Por que esse diretório, que é o mesmo, não pode escolher que Cid Gomes é o presidente, se é o mesmo diretório? O Cid não está lutando por ele, mas por todos nós, que pedimos para ele encampar essa luta. Porque enxergamos nele o líder do PDT. Não adianta discutir baixaria”, pontuou.
“Dia 16 vamos, sim, seja na calçada do partido ou dentro da sede do partido, vamos mostrar ao PDT que não nos calamos e não temos medo de cara feia. Estamos dentro da legalidade, e isso a Justiça Comum e a Justiça Eleitoral reconheceram” – (Osmar Baquit)