Presidente do PDT diz que cartas de anuência são nulas e vai requerer mandato de insurgentes

O presidente do PDT, André Figueiredo, afirmou, em entrevista coletiva, na manhã desta sexta-feira (10), que todas as cartas de anuência concedidas ao grupo cidista dentro do partido são nulas. Ele destacou, ainda, que a direção pedetista não ficará apenas na defensiva e vai requerer, de imediato, o mandato dos parlamentares insurgentes por infidelidade partidária.

Na semana passada, um grupo de parlamentares, em reunião realizada na direção do partido, decidiu solicitar carta de anuência à presidência do partido, que estava sendo regida na ocasião pelo senador Cid Gomes (PDT). Todas as 23 cartas de anuência foram concedidas e englobam 10 deputados estaduais, quatro federais e dois vereadores de Fortaleza, além de suplentes.

De acordo com André Figueiredo, todas as cartas de anuência, inclusive, aquela que foi concedida ao presidente da Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), são nulas. “Vamos recorrer. Deram carta de anuência até para quem não precisa. Se o parlamentar utilizar de carta de anuência nula para pedir desfiliação por justa causa, o partido não vai apenas contestar, mas vai requerer, de imediato, o mandato daquele parlamentar por infidelidade partidária”.

“Não vamos ficar apenas na defensiva. Qualquer parlamentar que tenha posse de um mandato dado pelo partido e o povo cearense, tem responsabilidade com o PDT. Requeremos o mandato dele de imediato caso ele judicialieze, por infidelidade partidária”, disparou Figueiredo.

Ele esteve participando de evento na Câmara Municipal de Fortaleza em alusão aos 40 anos das Diretas Já. Cir Gomes também esteve presente, seno um dos palestrantes. Durante entrevista coletiva, o líder pedetista ironizou os pedidos de carta de anuência, afirmando que foi concedido o benefício até “para um poste em frente à sede do PDT”.

Cid Gomes

André Figueiredo também falou da relação com o senador Cid Gomes, e disse que tentou diálogo com o pedetista várias vezes desde as eleições do ano passado, mas não foi atendido. Segundo ele, caso não haja respeito da parte de Cid com o dirigente, a recíproca não é verdadeira.

“Se ele não nos respeita, e diz que não somos democratas, estamos sempre numa postura de defesa da democracia. Nossa história fala mais do que nossas palavras. Se ele não nos respeita, a recíproca não é verdadeira. Eu continuo respeitando ele”, disse.

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