A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira, 21, uma terceira tentativa de colocar um satélite militar espião em órbita. O país disse ter obtido êxito no lançamento. A nova investida demonstra a determinação norte-coreana de construir um sistema de vigilância baseado no espaço em meio a tensões prolongadas com os Estados Unidos.
A afirmação da Coreia do Norte sobre o lançamento ter sido bem sucedido não pôde ser imediatamente confirmada de forma independente. Mas é certo que o movimento suscitará reações dos Estados Unidos e de seus aliados, já que a ONU proíbe a Coreia do Norte de conduzir lançamentos de satélites, descrevendo-as como coberturas para testes de tecnologia de mísseis.
As autoridades norte-coreanas afirmaram em comunicado que o seu veículo de lançamento espacial colocou o satélite Malligyong-1 em órbita na noite de terça-feira, após a descolagem do principal centro de lançamento do país. O comunicado disse que o líder Kim Jong-un observou o lançamento e que o satélite espião disparado aumentaria a prontidão da Coreia do Norte para a guerra em resposta aos movimentos militares hostis de seus rivais e que mais seriam lançados em breve.
A Coreia do Sul disse anteriormente que detectou o lançamento do que a Coreia do Norte descreveu como um satélite espião militar do principal centro espacial do Norte, na noite de terça-feira. O Japão disse que também detectou um lançamento norte-coreano.
O gabinete do primeiro-ministro japonês chegou a emitir brevemente um alerta de míssil J-Alert para Okinawa, orientando os residentes a se abrigarem dentro de edifícios ou no subsolo. Os militares da Coreia do Sul disseram que mantêm a sua prontidão em estreita coordenação com os Estados Unidos e o Japão.