A oposição na Câmara Municipal de Fortaleza conseguiu, até o momento, 12 assinaturas para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades nos repasses de recursos para o tratamento de câncer na Capital cearense. O autor do requerimento é o vereador Léo Couto (PSB), que precisa do apoio de ao menos 15 parlamentares para que a solicitação seja protocolada na Casa Legislativa.
O pedido de CPI está sendo sugerido após falas do vereador Carlos Mesquita (PDT), que na condição de líder da base governista do prefeito Sarto, afirmou que houve corte de repasses para o tratamento do câncer em Fortaleza, de forma proposital, para forçar o Governo do Estado a também repassar recursos para o Centro Regional Integrado de Oncologia em Fortaleza, o Crio.
De acordo com Couto, o principal objetivo do pedido de CPI é investigar se os cortes ocorridos nos serviços de saúde de Fortaleza foram feitos de maneira proposital, como sugerido pelas declarações de Carlos Mesquita. Além disso, a investigação abordará o suposto não repasse, por parte da Prefeitura de Fortaleza, de recursos obtidos pelo Governo do Estado via Governo Federal, para diversas entidades de saúde, incluindo o Centro Regional Integrado de Oncologia (CRIO), responsável pelo tratamento de pacientes com câncer em Fortaleza.
O parlamentar destaca a importância de descobrir a verdade por trás dessas questões que impactam diretamente a saúde dos fortalezenses: “Já que a Prefeitura não deve nada, não tem nada a temer, qual o problema de a gente esclarecer isso aqui?”, afirma o vereador.
Até o momento, foram obtidas 12 das 15 assinaturas necessárias para a instauração da CPI. O último parlamentar a assinar o pedido foi Ronaldo Martins, do Republicanos.