Governo Elmano atrai partidos que estiveram em coligações adversárias durante as eleições passadas

Elmano em almoço com pedetistas que não apoiaram a candidatura do então postulante Roberto Cláudio, do PDT. Foto: Reprodução/Instagram

Durante o pleito eleitoral do ano passado, os então candidatos Elmano de Freitas (PT), Capitão Wagner (UB) e Roberto Cláudio (PDT) conseguiu atrair para suas candidaturas o maior número de partidos aliados. Passados pouco mais de oito meses desde o resultado que consagrou o petista vitorioso, algumas agremiações e seus representantes nas casas legislativas mudaram de posicionamento e foram de adversários para aliados da gestão.

Essa é uma prática comum, visto que o Poder Executivo busca o maior número de aliados para manter a governabilidade. Já as agremiações partidárias têm como objetivo a participação na gestão, o que pode lhe credenciar para pleitos futuros, visto a força da máquina pública.

Para as eleições municipais do próximo ano, novos agrupamentos partidários devem ser formados, o que implica em movimentações políticas em 2023, com mudanças no comandos de legendas e de posicionamentos políticos. Para se ter ideia das mudanças que já vêm acontecendo há alguns meses, a coligação que apoiou a candidatura de Capitão Wagner, formada, oficialmente, por sete partidos, não deve ser reproduzida em 2024 em defesa de uma eventual candidatura do ex-deputado federal para o comando da Prefeitura de Fortaleza.

O Republicanos, que esteve ao lado de Wagner no ano passado, agora faz parte da base governista de Elmano de Freitas, com seus dois deputados na Assembleia alinhado com as pautas do Executivo Estadual. O mesmo acontece com o Avante, que elegeu Stuart Castro, aliado do governador desde o término do pleito passado.

O Podemos, que tinha um posicionamento conservador, alinhado com Wagner, está sob o comando do prefeito Eduardo Bismarck, que deixou o PDT e tem relações próximas com o senador Cid Gomes. No próprio União Brasil, partido dirigido pelo ex-candidato, há quem esteja alinhado com o Governo, como no caso de Firmo Camurça.

No PL, a deputada Marta Gonçalves, esposa do presidente da sigla, Acilon Gonçalves, também tem alinhamento do o Executivo do Ceará. O PROS deixou de existir e o PTB tem pouca inserção na sociedade, depois de conseguir eleger apenas um deputado federal.

Candidato

A coligação que apoiou Roberto Cláudio (PDT) também tem se alinhado com a atual gestão, como é o caso da própria sigla pedetista, onde 10 dos 13 parlamentares eleitos apoiam Elmano de Freitas. O PSD, que indicou o candidato a vice-governador, Domingos Filho, tem os três titulares do assento na Assembleia Legislativa aliados do governador, assim como o PMN, com Lucinildo Frota.

O PSB, que com a então presidência de Denis Bezerra, apoiou Roberto Cláudio, mudou a sua presidência e tem buscado se reestruturar para tentar eleger quadros relevantes nas eleições do próximo ano. Outras siglas que estiveram ao lado do pedetista são o Patriota, Agiar, PMB, PSC e DC, que não elegeram qualquer quadro para o parlamento em 2022.

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