Dólar renova mínima em mais de um ano e fecha a R$ 4,77

Na última sessão, na sexta-feira (16), a divisa norte-americana à vista fechou em alta de 0,39%, a R$ 4,8214 na venda (FOTO: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images)
Na última sessão, na sexta-feira (16), a divisa norte-americana à vista fechou em alta de 0,39%, a R$ 4,8214 na venda (FOTO: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images)

O Ibovespa voltou a apontar para cima e o dólar renovou a mínima em mais de um ano nesta segunda-feira (19), com investidores à espera da decisão dos próximos passo dos juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), na quarta-feira (21).

As apostas do mercado estão na manutenção da Selic no atual patamar de 13,75% ao ano, mas com a sinalização da autoridade monetária em iniciar o corte da taxa básica a partir do próximo encontro, agendado para agosto.

Na pauta global, o dia foi de baixa liquidez devido ao fechamento dos mercados em Wall Street pelo feriado nos Estados Unidos. No outro lado do Atlântico, as principais praças fecharam em queda com a persistência do temor de desaceleração da economia global.

Diante destas pressões, o principal indicador da bolsa brasileira fechou o pregão com alta de 0,93%, aos 119.857 pontos. Na máxima, o Ibovespa chegou a encostar nos 120 mil pontos.

A expectativa de queda da inflação, corte de juros e melhora da economia deu força para a queda do dólar.

A moeda norte-americana encerrou a sessão com perda de 0,96%, negociada a R$ 4,774 na venda. Este é o menor patamar desde maio do ano passado. Na mínima, o dólar chegou a ser negociado por R$ 4,759.

Para analistas do Goldman Sachs, o cenário ainda favorece novas altas para a moeda brasileira, com expectativa de o câmbio encerrar o ano cotado na faixa de R$ 4,40.

De acordo com o comunicado oficial, serão gerados ao menos 1.400 empregos no local, além da manutenção dos atuais. A força de trabalho será duplicada na unidade, para 2.800 colaboradores.

Já as principais empresas do mercado tiveram comportamento misto. As ações da Vale (VALE3) recuaram 0,39%. O movimento reflete a queda de 0,12% da tonelada do minério de ferro negociada em Dalian, a US$ 113,08, com temores de desaceleração da demanda por aço.

No caminho oposto, os papéis da Petrobras subiram com a nova valorização. As ações preferencias da estatal (PETR4) ganharam 2,63%, enquanto as ordinárias (PETR3) tiveram valorização de 2,49%.

Ainda no noticiário corporativo, a Americanas divulgou nesta segunda-feira um edital com a relação de credores do plano de recuperação judicial da companhia e de suas subsidiárias.

O documento faz parte da confirmação da entrega do plano de recuperação judicial.

As ações da companhia não fazem mais parte do Ibovespa, mas seguem listadas na bolsa brasileira. Os papéis da varejista fecharam com alta de 1,68%, a R$ 1,21.

Todos os olhos no Copom

Em um dia de agenda esvaziada, todas as atenções do mercado se voltaram para a reunião do Copom, que ocorre entre esta terça e quarta-feira.

O colegiado volta a se encontrar para decidir os juros após dados da economia publicados nas últimas semanas indicarem a desaceleração da inflação, aumentando a pressão para o corte das taxas.

Apesar desse histórico positivo, análises apontam para a manutenção dos juros no atual patamar. A diferença está na sinalização que os técnicos do BC devem dar aos próximos passos, indicando para o início do corte da Selic a partir do encontro marcado para 1º e 2 de agosto.

Antes, as apostas apontavam para queda a partir de setembro.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central para o Boletim Focus desta semana revisaram de 12,5% para 12,25% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros em 2023. O relatório foi divulgado nesta segunda-feira (19).

O levantamento mostra, também, um corte de 10% para 9,5% da estimativa para a Selic de 2024. Para 2025 e 2026, porém, as projeções para os juros foram mantidas, em 9% e 8,75%, respectivamente.

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