O vice-prefeito de Fortaleza e presidente do PSDB do Ceará, Elcio Batista, justificou as críticas feitas sobre o incêndio que atingiu o Parque do Cocó na última semana. Após publicação do gestor, o Corpo de Bombeiros repudiou, em nota, o que foi dito por Batista. Segundo ele, suas considerações foram direcionadas ao governador Elmano de Freitas e não aos agentes da instituição.
“Ao time do Corpo de Bombeiros, reitero que meu posicionamento de forma nenhuma foi direcionando ao time de servidores que estão lá dia e noite em busca da solução do incêndio. A minha fala foi direcionada a liderança do governador, que deveria tomar as providências para sanar esse problema que tem dimensões ambientais e sociais extremas para a população”, explicou.
“Jamais iria me direcionar aos profissionais do corpo de bombeiros que estão lá de forma aguerrida lutando para sanar o problema. O que eu falo é sobre um plano estratégico para enfrentar o problema, suporte aéreo, e tomadas de decisões acertadas para enfrentar tal situação, inclusive pela vida desses profissionais! Reforço aqui aos profissionais, homens e mulheres, que estão trabalhando para sanar o problema, meu respeito máximo e minha admiração, sei que arriscam suas próprias vidas pelo bem estar coletivo”, destacou Élcio.
Ele lembrou que somente em 2021, quatro incêndios foram registrados. No maior deles, cerca de 46 hectares foram destruídos, representando 1581 hectares de extensão do Parque do Cocó. Também lamentou que apenas no dia 20 de novembro do ano passado foi nomeado o gestor do Parque do Cocó. “Somente há dois meses”, frisou.
“Fui chefe de gabinete durante cinco anos e pergunte a qualquer profissional dos bombeiros como era meu tratamento e meu respeito máximo, meu incentivo e a minha defesa ao investimento da modernização do copeiro de bombeiros. Da compra de equipamentos para segurança dos profissionais do corpo de bombeiros, dos homens e mulheres que fazem essa instituição”, justificou.
Ele reafirmou, ainda, que o Governo Elmano demorou nove meses para indicar o gestor do Parque, e que por isso, não teria compromisso com a área. “Um GOverno que leva nove meses para nomear o gestor do parque é um governo sem compromisso, que leva em risco não só a vida da própria floresta, mas dos profissionais que estão lá lutando para apagar o incêndio”.
“Necessitamos, sobretudo, de um plano de acompanhamento, fiscalização e preservação do nosso parque do Cocó, para que essa situação não ocorra novamente”, concluiu.