Atual líder do PDT na Assembleia Legislativa, o deputado Guilherme Landim afirmou que a maioria do partido não abrirá mão de continuar na liderança partidária. Apesar do desejo de ao menos nove parlamentares pedetistas de deixarem os quadros da legenda, a função de liderar o grêmio na Casa resguarda o direito de composição nas comissões temáticas do parlamento cearense.
Enquanto a nova presidência do PDT alega que a liderança deve ser escolhida entre executiva partidária e bancada na Casa, o regimento interno da Assembleia Legislativa afirma que cabe apenas aos membros do partido tal escolha. Atualmente, enquanto nove parlamentares do partido fazem parte da base governista do governador Elmano de Freitas, quatro fazem parte da bancada de oposição.
“Eu nunca fui procurado pelo presidente para conversar sobre isso. Tudo o que me chegou foi pela imprensa. Estamos aguardando esse comunicado oficial. O regimento da Assembleia diz que quem escolhe a liderança é a bancada na Assembleia. Fizemos uma escolha dentro da bancada e o partido diz que a escolha deve ser feita pela bancada com a executiva”, destacou Landim.
Ele disse que vai defender o direito da maioria de poder, dentro do parlament, fazer valer a posição da atual liderança. “Sempre fazendo como fiz ao longo dos anos, resguardando o direito de cada um se manifestar, de fazer parte das comissões. Cada um dos três que faz parte da minoria tem presidência de comissão, tem posições em comissões menores e maiores”, disse.
“Nunca tolhemos o direito de ninguém de se manifestar. Nem os da maioria ou da minoria. A gente quer fazer isso valer. Eles dizem que querem fazer valer o direito deles, mas não vamos deixar a minoria passar por cima da maioria. Que a gente permaneça no bom ambiente que temos ainda aqui na Assembleia, o que não se tem no partido”, defendeu.
Ainda de acordo com ele, é preciso ficar claro que a liderança partidária resguarda o direito de composição das comissões temáticas. “Não vamos aceitar que usem nosso número de nove deputados, que nos dá o direito de compor a maioria das comissões, para que nossa vontade não seja respeitada”, disse.
“A gente fez tudo de acordo com essa divisão de nove contra três e a gente quer que isso seja respaldado. Se o partido quiser conversar outra questão diferente disso, estamos dispostos a conversar” – (Guilherme Landim)