Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Fortaleza, o deputado estadual Guilherme Sampaio ainda acredita na escolha do nome petista para a disputa na Capital cearense através de um consenso. De acordo com o dirigente, todos na legenda têm direito a se apresentar como candidato, “seja quem entrou ontem ou quem entrou há 30 anos”. “O PT não é um partido de coronéis, é um partido formado de baixo para cima”.
“Acredito na possibilidade de se construir um consenso progressivo. Se não for possível, vamos consultar a nossa militância, que está pronta para legitimar, e, após definido, unirá o Partido dos Trabalhadores. Pode ser prévia e pode ser através de encontro municipal. Essa é uma discussão que está em curso. Estamos ouvindo os argumentos, dialogando com nossas bases para encontrar uma melhor forma”, afirmou.
No ano passado, o PT solicitou à executiva nacional do partido o fim do primeiro trimestre como data-limite para decidir o nome petista para a disputa eleitoral, o que deve ser definido no fim de março. Questionado sobre os posicionamentos divergentes dentro da sigla, visto possuir, atualmente, cinco pré-candidatos na disputa interna, o dirigente afirmou não haver crise dentro do grêmio, e que é comum a divergência e críticas de posição de um ou outro.
“O PT não é um partido de coronéis, é um partido formado de baixo para cima. Todo mundo tem direito de opinião, de ser candidato e votar. Seja quem entrou ontem ou quem entrou há 30 anos, como estamos vendo nessas eleições”, apontou.
O dirigente destacou o caso específico da deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins, que segundo ele, foi candidata pelo PT em quatro eleições e sempre foi prestigiada no partido, além de querida pela militância petista. “Entre os pré-candidatos, o que temos visto é o melhor clima possível. Um diálogo aberto, franco, cada um com seu ponto de vista. Agora, juntos formamos uma compreensão lapidada da conjuntura política das eleições. Quem são nossos adversários? Como está a base aliada do governador em Fortaleza? Quais são nossos perfis? Nessas circunstâncias, quais seriam as melhores estratégias? Não tenho dúvida que o consenso é possível”, disse.
Processo interno
Sobre o processo interno do PT até a data-limite, Sampaio afirmou que os pretensos candidatos têm liberdade de fazerem seus movimentos e existe a atividade do partido. A decisão da legenda é a de que precisava de mais tempo para construir um consenso progressivo. “O que estamos fazendo no PT é uma construção para valer. Estamos, de fato, buscando, neste momento, com mais ênfase ou discrição é afirmar nossas posições para representar o PT e a base aliada do governador, e construir o consenso possível. Se não possível a unidade, a maior unidade possível. Se não, temos métodos democráticos para decidir”.
Atualmente, o Partido dos Trabalhadores possui cinco pré-candidatos à disputa eleitoral deste ano em Fortaleza. São eles: os deputados estaduais Guilherme Sampaio e Larissa Gaspar, a deputada federal Luizianne Lins, o presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão e o assessor especial Artur Bruno.