O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu nesta Terça-Feira, 26 que prosseguirá com a ofensiva em Gaza e criticou a resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que pede cessar-fogo na região. O líder israelense afirma que a resolução encorajou o Hamas a rejeitar uma proposta separada de cessar-fogo e libertação de reféns.
O Hamas disse que manterá os reféns até que Israel concorde com um cessar-fogo permanente, retire suas forças de Gaza e liberte centenas de prisioneiros palestinos, incluindo os principais militantes. O grupo informou NA segunda-feira, 25, que rejeitou uma proposta recente que não atendia a essas exigências.
Netanyahu afirmou em uma declaração que o anúncio “provou claramente que o Hamas não está interessado em continuar as negociações para um acordo e serviu como um testemunho infeliz dos danos da decisão do Conselho de Segurança”. Segundo o primeiro-ministro, Israel pode alcançar seus objetivos de desmantelar o Hamas e recuperar muitos reféns se expandir sua ofensiva terrestre para a cidade de Rafah, ao sul, onde mais da metade da população de Gaza buscou refúgio, muitos em acampamentos lotados.
A guerra já matou mais de 32 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre civis e combatentes em sua contagem, mas afirma que mulheres e crianças representam cerca de dois terços dos mortos. Os combates deixaram grande parte da Faixa de Gaza em ruínas, deslocaram a maioria de seus residentes e levaram um terço de sua população de 2,3 milhões de pessoas à beira da fome.