
O Museu da Imagem e do Som do Ceará promove nesta semana (9 a 13) atividades diversas, com oficinas de origami e fotografia, sessão adaptada na sala imersiva para pessoas com autismo, show de Moacir Bedê, feiras de fotografia e vinil e fala aberta. Na sala imersiva, estarão em cartaz as obras “Fósseis do Cariri”, “Aves do Ceará” e, em celebração ao Abril Indígena, a obra “Encantoré”, uma videoinstalação imersiva que coloca o público dentro de uma roda de Toré, dança indígena tradicional do nordeste brasileiro. Toda a programação é gratuita. O MIS integra a Rede Pública de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, com gestão parceira do Instituto Mirante de Cultura e Arte.
Na sexta-feira (11), das 15h às 17h, acontece na sala multiuso (andar -1 do Anexo) a Oficina de Origaminossauros, ministrada por Aline Rodrigues, estagiária da biblioteca do MIS. A atividade propõe uma experiência lúdica e educativa a partir da arte do origami, técnica japonesa de dobradura em papel. Inspirada na exposição Fósseis do Cariri, a atividade convida os participantes a explorarem o universo dos dinossauros que habitaram a região do Cariri cearense, reconhecida como um dos mais importantes sítios fossilíferos do Brasil. Em seguida, os participantes colocarão a mão na massa (ou melhor, no papel!), criando seus próprios dinossauros de origami, seguindo um passo a passo guiado. Além de desenvolver habilidades motoras, concentração e organização, a atividade estimula a imaginação e aproxima o público do fascinante mundo da paleontologia de forma acessível e interativa. São ofertadas 15 vagas para crianças a partir de 7 anos. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas neste link.
No sábado (12), a partir das 18h, acontece na praça do MIS o show “Totalmente autoral”, do multi instrumentista e compositor Moacir Bedê. As composições são uma mistura de jazz com música brasileira. A fusão de jazz com música brasileira é um gênero rico e vibrante que combina a improvisação e a harmonia complexa do jazz com os ritmos e melodias característicos da música brasileira, como samba, bossa nova, forró, chorinho etc. Essa mistura resulta em sonoridades únicas que capturam a essência cultural de ambos os estilos. Artistas como Tom Jobim, João Gilberto e Elis Regina foram pioneiros na mistura da bossa nova com o jazz, trazendo influências do jazz americano para suas composições. Mais recentemente, músicos como Hermeto Pascoal e Moacir Santos também exploraram essa fusão, incorporando elementos do jazz em suas obras, juntamente com ritmos e tradições brasileiras. Essa combinação pode ser vista em várias performances ao vivo e gravações, onde a improvisação do jazz se encontra com a riqueza melódica da música brasileira, criando uma experiência musical cativante e envolvente. Moacir Bedê (guitarra, guitarra baiana e flauta) será acompanhado por Fábio Amaral (baixo) e Bruno Vasconcelos (bateria), com participação especial de Loren Gualda (voz) e Ellis Mario (sax e flauta).
Moacir Bedê nasceu em Fortaleza, Ceará. É músico autodidata, instrumentista e compositor. Toca bandolim, violão, guitarra, guitarra baiana, cavaquinho, flauta transversal e flautim. Utiliza improvisações e harmonias em suas músicas, que variam entre estilos samba, choro, frevo, baião, maxixe e bossa nova. Durante os seus 40 anos de trajetória, apresentou-se em muitas cidades brasileiras e países como Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Estados Unidos e Argentina. Tem como concepção o chorinho moderno, com influências de ritmos nordestinos. É assim que o artista destaca a riqueza da música brasileira e aproveita esse mosaico para criar um efeito agradável aos ouvidos com muita improvisação. Lançou em 2009 seu disco Outros Sambas, onde mostra toda sua personalidade e vivência musical. Em 2010, foi selecionado pela Global Choro Music Corporation, importante selo, editora e divulgadora mundial da música instrumental brasileira. As partituras e composições de Moacir Bedê estão agora acessíveis para músicos de todo o mundo poderem tocar e conhecer sua história.